• 03/02/2010

    Movimento social convoca vigília contra Belo Monte

    O Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre está convocando uma vigília nessa quinta-feira em Belém contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Acontecerão também manifestações em Altamira e Santarém.

     

    Eis a convocatória.

     

    A Amazônia mais uma vez está ameaçada. Para atender às ordens das grandes mineradoras, os governos de Lula e Ana Júlia preparam o que poderá ser o maior desastre ambiental da nossa história: A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu.

     

    Caso o projeto seja implementado, mais de 20 mil pessoas serão retiradas de forma violenta de suas casas; 100 mil pessoas migrarão para a região, mas ao final da obra só restarão 700 empregos; de toda a energia que poderá gerar a UHE 80% será levada para o Sul e Sudeste do País e o restante servirá para alimentar as máquinas destruidoras e engordar o lucro das empresas Alcoa e Vale do Rio Doce. Isso deixará apenas destruição, miséria, fome e violência para toda a biodiversidade dos 13 municípios que sofrerão os impactos de Belo “Monstro”.

     

    Neste momento os povos do Xingu contam com nossa solidariedade para resistirem ao mais pesado ataque do capital de toda a sua história. Por isso, o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre convida todos e todas as pessoas comprometidas com a sobrevivência dos povos da Amazônia a dizer “Sim” à Vida e “Não” a Belo “Monstro”!!!

     

    Dia 04-12-2010

    Concentração no CAN, às 18hs, em Nazaré, seguindo em caminhada até o Ibama, na Av. Conselheiro Furtado, 1303, Batista Campos.

     

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  • 02/02/2010

    OIT aguarda resposta do governo brasileiro sobre violações pela Transposição

    Genebra, 2 de fevereiro 2010 – A ONU, a OIT e o Conselho Mundial de Igrejas receberam a delegação da “Campanha Opará – Povos Indígenas em defesa do rio São Francisco” no dia 1 de fevereiro. A OIT já pediu esclarecimentos ao governo brasileiro acerca das violações da Convenção 169 pela obra da Transposição.

     

    A delegação Nordestina foi recebida no Palácio Wilson, das Nações Unidas. Da audiência, participaram assessores dos relatores do Alto Comissariado de Direitos Humanos, como o relator para os Direitos Humanos dos Povos Indígenas, o relator para o Direito a Água e ao Saneamento. Também o assessor do relator para direitos humanos, responsável para América Latina participou; participaram, ainda, os diretores executivos da Unidade para a Sociedade Civil, os promotores da Convenção 169 do Departamento Humano da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e outros como o coordenador do programa de monitoramento de povos isolados. Todos receberam o relatório de denuncia “Povos Indígenas do Nordeste impactados com a Transposição do rio São Francisco”.

     

    Violências conhecidas

    De fato, os representantes destas entidades internacionais já conhecem as violações dos direitos humanos decorrentes da Transposição do Rio São Francisco. As denúncias já foram apresentadas para a OIT no mês de setembro de 2008. A delegação viajou a Genebra para reforçar e atualizar essas denuncias. A comissão de expertos da OIT acompanha o caso e se pronunciou acerca das violações no mês de março 2009, pedindo esclarecimentos ao governo brasileiro até o fim de 2009. A cobrança é possível porque o Brasil assinou a Convenção 169 da OIT, comprometendo-se a respeitar os direitos humanos assegurados por esse tratado internacional. Porém, o governo Lula não deu resposta a esse pedido.

    No entanto as obras avançam, em pleno território indígena, e os danos socio-ambientais se tornam irreparáveis.

    Os representantes da OIT comentaram que as atuais informações apresentadas pela delegação são muito importantes.

     

    Preocupação

    O relator especial do Alto Comissariado da ONU para os direitos dos povos indígenas, James Anaya, visitou o Brasil em agosto 2008. Depois da viagem, publicou seu relatório, com recomendações para o governo brasileiro melhorar a posição dos povos indígenas. Anaya voltará em 2012 para monitorar a evolução das condições dos povos indígenas no Brasil.

    Na mesma linha se expressou a alta comissária para direitos humanos, na viagem dela pelo Brasil, no mês de novembro passado. Ela salientou sua preocupação com a discriminação dos povos indígenas e os afro-descendentes no país.

    Desrespeito

    “O governo brasileiro não respeita a própria legislação, a Constituição Federal e os tratados internacionais como a Convenção 169 da OIT.” apontou Uilton Santos, cacique do povo Tuxà e presidente da APOINME. “O estado nega o direito a consulta previa e ao consentimento livre e informado dos povos indígenas.” Isso ocorre não só no caso da Transposição, mas com muitos projetos de desenvolvimento que o governo Lula está implantando através do PAC. “Esses projetos tem um grave impacto socio-ambiental nos territórios indígenas, influenciando as identidades indígenas, até levando ao risco de extinção os povos não contatados, ou isolados.”

    Edilene Bezerra Pajeu, a Pretinha, do povo Truká, chamou atenção aos assassinatos de lideranças indígenas que lutam pelo direito à terra e à água, contra a Transposição. Esses assassinatos também já foram denunciados na sede da ONU, em 2005. Especificamente os casos de Dena e Jorge Truká, matados por 4 agente policiais que continuam impunes. “Quem não é assassinado é criminalizado pela própria justiça, vive constantemente ameaçado e responde a muitos processos. Um exemplo disto e o Cacique Neguinho. Quando foi denunciar o assassinato de Mozeni, ele acabou preso na delegacia.”

     

    Sociedade civil

    Ainda na segunda-feira, a delegação teve um encontro público com organizações da sociedade civil e ONG’s com sede em Genebra, tais como, Terrabrasilis, E-Changer, AYA, SIT e Terre des Hommes. Nesta ocasião, fez-se uma exposição sobre as violações aos direitos humanos dos povos indígenas decorrentes da transposição e de outros grandes projetos de desenvolvimento econômico em terras indígenas, a exemplo da Usina Hidroelétrica Belo Monte. Por fim, divulgou-se a petição em que é solicitado aos ministros do STF que julguem as ações judiciais pendentes relativas à Transposição.

     

    Dia 3 de fevereiro, a delegação visitará Bruxelas (Bélgica), depois viajará a Berlim (Alemanha).

     

     

    Mais informações sobre a viagem:

     

    CIMI   (Brasília)      55/61/2106 1666  Paul Wolters (inglês) / Maíra Heinen (port.)

    CIMI Europa          39/33 3634 8279   Martina (coordenadora da viagem)

     

    Povos indígenas envolvidos na campanha Opará e contatos:

     

    Povo Truká               55/87/ 9606 6065            Cacique Neguinho

    Povo Tumbalalá         55/87/ 9131 0008            Cacique Cícero

    APOINME               55/75/ 8815 0715            Dipeta Tuxá

     

    Organizações envolvidas na campanha Opará e na elaboração do relatório de denúncia contatos para informações:

     

    CPP / NE                 55/75/8835 3113            Alzeni Tomaz

    AATR                      55/71/3329 7393            André

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  • 02/02/2010

    Dom Erwin Kräutler se reúne com presidente do Ibama amanhã, em Brasília

    O presidente do Conselho Indigenista Missionário e Bispo do Xingu, Dom Erwin Kräutler, se reunirá com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), nesta quarta-feira, 3, em Brasília no Edifício Sede do Ibama, às 10 horas. O objetivo seria dialogar sobre a construção de Belo Monte e tentar unir forças para que a licença não fosse concedida. No entanto, o instituto concedeu ontem (1º) licença prévia para a construção da Usina de Belo Monte, na bacia do rio Xingu (Pará), se antecipando à visita de Dom Erwin.

     

    Com a decisão do Instituto, o bispo virá a capital para demonstrar sua insatisfação frente à licença e a não abertura ao diálogo.

     

    Manifestação

    Está previsto ainda para quinta-feira (4) três manifestações simultâneas em frente à Ibama de Santarém, Altamira e Belém. A mobilização está sendo organizada pelo Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre.

     

    Desde o início das discussões para a construção de Belo Monte, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais, bem como organizações ambientalistas, tem travado debates sobre a violação do direito à consulta prévia a que têm direito e que não foi respeitado. Direitos estes garantidos na Constituição Federal e em documentos internacionais como a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas e na Convenção 169 da OIT.

     

    De acordo com o disposto na Convenção 169, as populações afetadas diretamente por empreendimentos devem ser informadas sobre a obra e todas suas conseqüências, exigindo-se que sejam antecipadamente consultadas e segundo procedimentos legítimos e probos.

     

    Segundo especialistas, o empreendimento trará conseqüências desastrosas e irreversíveis na fauna, flora e biodiversidade da região, além de afetar diretamente a vida das comunidades que vivem na área de abrangência da usina. Outra conseqüência é a redução de água no trecho conhecido como Volta Grande e o aumento da população local.

     

    Informações:

     

    Assessoria CIMI – Cleymenne Cerqueira (61) 9979-7059 ou 2106-1667

                                Maíra Heinen (61) 9979-6912 ou 2106-1670

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  • 02/02/2010

    Povos do Xingu alertam sobre liberação de licença para construção de Usina Belo Monte

    Há mais de 20 anos, povos do Xingu e ativistas lutam contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no estado do Pará. Os últimos anos foram marcados por manifestações, encontros para discutir os impactos da hidrelétrica, tentativas de negociação, atos públicos, protestos e pela promessa do presidente Lula de que Belo Monte não seria "enfiada goela abaixo dos povos do Xingu".

     

    Para Dion Monteiro, representante do Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, este momento pode ser considerado como o de mais forte ataque aos povos do Xingu.

     

    "Os povos do Xingu já resistiram a um governo militar, resistiram ao governo de Sarney, Collor, Itamar, FHC e logo agora no governo Lula sofrem o seu mais pesado ataque. Não esperávamos que a liberação para a construção de Belo Monte fosse acontecer no governo Lula por seu histórico de luta junto aos movimentos sociais. Na verdade, neste momento, a aliança entre governo e empresas está mais forte do que nunca esteve", afirma.

     

    Dion confirmou ainda que nesta segunda-feira, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, liberou a licença para a construção de Belo Monte. O fato será informado oficialmente à imprensa ainda hoje, às 16h30, durante uma coletiva a ser realizada no Gabinete do ministro (5º andar – Esplanada dos Ministérios, Bloco B – Brasília-DF). Estará junto a Minc para anunciar a decisão, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias.

     

    Antes mesmo de ser construída, a usina hidrelétrica de Belo Monte já causa prejuízos. "Devido à proximidade da construção a cidade de Altamira já está recebendo migrantes. Isso acarreta em pressão sobre os equipamentos de saúde, no aumento da quantidade de moradias precárias, aumento do desmatamento para a construção dessas moradias e infelizmente no crescimento dos índices de violência. De acordo com o Estudo de Impactos Ambientais da obra, cerca de 100 mil pessoas deverão migrar em busca de emprego, contudo só devem ser abertas 700 vagas que buscarão pessoal especializado", esclarece Dion.

     

    Posteriormente, caso a hidrelétrica seja construída, cerca de 20 mil pessoas dos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Brasil Novo deverão ser retiradas de suas terras e remanejadas compulsoriamente. Serão inúmeros os prejuízos para a pesca e o transporte fluvial, além de outros danos ambientais. A emissão do metano, gás causador do efeito-estufa também representa um grande problema, assim como o aumento de doenças como a malária e a febre amarela.

     

    Por todos estes impactos e prejuízos os povos indígenas reafirmaram, em dezembro de 2009, seu posicionamento quanto à construção da hidrelétrica.

     

    "Nós, povos Indígenas, não vamos sentar mais com nenhum representante do governo para falar sobre UHE Belo Monte; pois já falamos tempo demais e isso custou 20 anos de nossa história. Se o governo brasileiro quiser construir Belo Monte da forma arbitrária de como está sendo proposto, que seja de total responsabilidade deste governo e de seus representantes como também da justiça o que virá a acontecer com os executores dessa obra; com os trabalhadores; com os povos indígenas. O rio Xingu pode virar um rio de sangue. É esta a nossa mensagem. Que o Brasil e o mundo tenham conhecimento do que pode acontecer no futuro se os governantes brasileiros não respeitarem os nossos direitos como povos indígenas do Brasil".

     

    Vigília

     

    Na próxima quinta-feira (4), o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre estará em vigília contra a liberação da licença prévia de Belo Monte. Todos os engajados na causa e interessados em pressionar os governantes pela não construção da hidrelétrica estão convocados. A concentração será realizada na Praça do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), às 18h, seguindo em caminhada até o Ibama, na Av. Conselheiro Furtado, nº 1303, Batista Campos, Belém, estado do Pará (região Norte do país).

     

     

    Fonte: http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=44696

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  • 02/02/2010

    Belo Monte: várias foram as falhas nas audiências públicas

    Número de audiências insuficientes, mudanças de local na última hora, uso da Força Nacional para impedir o livre acesso, marcaram as reuniões para discutir o projeto.

     

    Protestos por um Xingu Vivo

     

    Muitas são as justificativas para construção de grandes obras na região Amazônica, até mesmo a geração de energia “limpa”. Com as hidrelétricas que estão sendo construídas no Rio Madeira, em Rondônia, foi assim e com a proposta da Usina Hidrelétrica de Belo Monte não é diferente. Prevista no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo, a UHE de Belo Monte pode trazer mudanças profundas e irreversíveis para a região do rio Xingu, no Pará.

     

    Diversos pesquisadores afirmam que os impactos sociais e ambientais da UHE Belo Monte ainda não foram totalmente dimensionados. Apesar disso, é grande a pressão a favor da construção da obra, principalmente de grandes empresários e políticos da região. Diversas comunidades que devem ser afetadas, no entanto, questionam o projeto, pois temem perder para sempre suas fontes de subsistência física e referência sociocultural. Em meio a este embate, o Ministério Público Federal (MPF) vem, há anos, ajuizando ações para suspender a construção da Usina.

     

    Audiências limitadas

     

    As discussões sobre a grande obra se intensificaram no mês de setembro, quando foram realizadas as quatro audiências públicas sobre o projeto. Os eventos ocorreram entre os dias 9 e 15 de setembro, respectivamente nas cidades de Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém, o que significa um percurso de mais de 700 quilômetros.

     

    As audiências foram marcadas por protestos do MPF, movimentos sociais, indígenas, ribeirinhos, pescadores, ambientalistas, estudiosos… Antes das reuniões, o MPF questionou o número de audiências a serem realizadas, pois considerava insuficientes apenas quatro encontros, dado o tamanho do projeto e o número de comunidades afetadas. Depois de receber apelos de lideranças comunitárias das agrovilas e travessões da rodovia Transamazônica e de comunidades ribeirinhas do Xingu, o MPF enviou ao Ibama recomendação para que se agendassem mais audiências públicas para debater o projeto – o que não aconteceu.

     

    Belo Monte e o Circo no Xingu

     

    Procuradores da República anunciaram no dia 23 de setembro, que a Justiça Federal de Altamira receberia ainda naquela semana uma ação civil pública pedindo a realização de nova rodada de audiências públicas para debater o projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O MPF considera que as audiências realizadas não permitiram a participação efetiva da sociedade e, principalmente, dos afetados pelo empreendimento.

     

    “Detectamos várias falhas nas audiências, devidas à pressa com que o processo é realizado. Especialmente os fatos que ocorreram na audiência em Belém expressam sem dúvidas a falta de vontade do Ibama de permitir o debate”, declarou o Procurador da República no Pará, Ubiratan Cazetta.

     

    No último dia 15, pouco antes da audiência começar em Belém, o Ibama transferiu a audiência para um teatro com apenas 480 lugares. Como resultado, dezenas de pessoas foram impedidas de entrar ou tiveram a entrada dificultada por homens da Força Nacional, incluindo representantes dos índios Tembé e movimentos sociais contrários à hidrelétrica. Representantes do MPF se recusaram a continuar na audiência nessas condições.

     

    Nos dias que se seguiram ao episódio, o Ministério Público Federal recebeu um abaixo assinado com mais de 150 assinaturas de pessoas que não conseguiram entrar na audiência. Representantes dos índios Tembé também oficializaram suas queixas. “Fomos barrados na entrada do Centur e constrangidos nos nossos costumes e tradições. Trataram nossos adereços tradicionais como armas perigosas”, diz o documento dos indígenas. A iniciativa do MPF recebeu apoio do Movimento de Mulheres de Altamira, do Fórum da Amazônia Oriental e do Conselho Indigenista Missionário.

     

    Nas demais audiências houve maior presença da população, mas também foram detectados obstáculos à participação. Os representantes do Ministério Público, responsáveis pela fiscalização de licenciamentos ambientais, foram impedidos de participar da mesa diretora das audiências.

     

    O rito da audiência pública prevê que a população faça perguntas sobre os impactos, para obter respostas e compromissos quanto aos impactos. No entanto, nas diversas audiências, muitas perguntas ficaram sem respostas. E, o volume de perguntas de representantes dos movimentos sociais, políticos, empresários, Ministério Público mostraram que a população tem dúvidas diretas e relevantes sobre o empreendimento.

     

    Movimento Xingu Vivo para Sempre

     

     

    Indígenas e professores são impedidos de entrar em audiência sobre Belo Monte, em Belém

     

    No dia 15 de setembro, cerca de 300 manifestantes entre indígenas, ambientalistas, sindicalistas e membros dos movimentos sociais se concentraram em frente ao Centro Cultural Tancredo Neves (Centur) em Belém para manifestar solidariedade aos povos do Xingu e protestar contra a realização da 4ª audiência pública de Belo Monte.

     

    Era unânime entre os manifestantes a opinião de que a audiência estaria acontecendo apenas para legitimar a decisão do governo em construir a UHE de Belo Monte. Todas as formas de participação estavam limitadas. Uma audiência “acanhada” como bem disse o procurador do Ministério Público estadual Dr. Raimundo Moraes.

     

    Todas as falas foram de repúdio ao projeto e à forma antidemocrática que o governo está impondo para a construção de um projeto que irá beneficiar as empresas barrageiras e autoprodutoras entre as quais a Vale do Rio Doce.

     

    Com a mudança de local da audiência, todos os manifestantes se locomoveram para o auditório, onde foram informados que não poderiam adentrar por portarem faixas, bordunas. Foram momentos de tensão e pressão para forçar a entrada dos manifestantes. Os índios Tembé continuaram cantando e os demais manifestantes gritando palavras de ordem e protestos. Depois de uma hora de tentativas, os manifestantes entraram gradualmente.

     

    Na audiência, o procurador Rodrigo Costa, do MPF em Altamira, afirmou sua frustração quanto ao andamento das audiências. Colocou com firmeza que as audiências estão sendo conduzidas de forma antidemocráticas, que não colocavam o debate, mas somente exposições. Também afirmou que a metodologia não chamava ao debate e nem aos esclarecimentos necessários.

     

    Em seguida, o promotor Raimundo Moraes, do Ministério Público Estadual no Pará, reforçou as críticas ao formato das audiências e se retirou do evento, acompanhado pelos procuradores e por diversos participantes, que continuaram o ato público fora da plenária.

     

    Claudemir Monteiro

    Cimi Regional Norte II

     


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  • 02/02/2010

    Andes – Moção de repúdio contra os grandes projetos hidrelétricos na Amazônia

    Os delegado(a)s do 29º CONGRESSO do ANDES-SN, realizado de 26 de janeiro a 01 de fevereiro de 2010, reunidos na cidade de Belém, estado do Pará, manifestam seu repúdio ao governo brasileiro contra os projetos hidrelétricos na Amazônia e denunciam as nefastas consequências desses empreendimentos para o ecossistema, como as usinas Hidrelétricas de Tucuruí no Pará, Samuel em Rondônia, Balbina no Amazonas e Estreito na divisa dos estados do Tocantins e Maranhão. A implantação desses projetos inundou milhares de quilômetros quadrados da floresta, o que resultou no remanejamento compulsório de milhares de pessoas, como povos originários, populações tradicionais, pequenos agricultores – moradores das áreas impactadas, que após serem obrigados a saírem de suas regiões são abandonadas, aumentando os bolsões de miséria nas periferias urbanas.

     

    Nesse sentido, observamos, hoje, o rio Madeira e seus afluentes já começam a sofrer os impactos negativos da construção de duas novas hidrelétricas no estado de Rondônia – Santo Antonio e Jirau. No estado do Pará o projeto para a construção das usinas hidrelétricas de Belo Monte no rio Xingu, bem como de outros projetos de usinas no rio Tapajós, caso aprovados, resultarão em danos sócio-ambientais irreparáveis, o que, consequentemente, afetará inúmeras comunidades do entorno desses rios.

     

    Cabe destacar que há previsão de se construir mais de quatrocentas usinas hidrelétricas na região, beneficiando o agronegócio e as grandes indústrias instaladas na região e, ao contrário do que a grande mídia tem divulgado, a população não será beneficiada com a redução do preço da energia. Nesse sentido apoiamos todos os movimentos sociais e populares que lutam contra os projetos que destroem o ambiente em favor do lucro, defendemos que os projetos a serem implantados na Amazônia, respeitem a vida da floresta e as culturas locais; que possibilitem a integração do conhecimento científico aos saberes tradicionais e os aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais da região; e que permitam a preservação de todo o bioma Amazônico.

     

    Assim, exigimos a imediata interrupção das obras das usinas no rio Madeira e a suspensão do processo de licenciamento das usinas de Belo Monte.

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  • 02/02/2010

    ‘Belo Monte é mais um presente para construtoras e mineradoras’

    A usina hidrelétrica de Belo Monte é obra grande, está no PAC, custará muitos milhões de dólares e vai fazer a festa das empreiteiras. A opinião é de Hamilton Octavio de Souza, jornalista, editor da revista Caros Amigos e professor da PUC-SP em artigo no sítio da Caros Amigos, 01-02-2010.

     

    Eis o artigo.

     

    O governo federal insiste na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. É obra grande, está no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), custará muitos milhões de dólares, vai fazer a festa da Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e de todas as mineradoras privadas que serão beneficiadas com energia farta custeada pelo dinheiro público. A megalomania exalta a maior hidrelétrica brasileira.

     

    A construção será tocada mesmo sem a conclusão de todos os estudos de impacto ambiental, já que o Ibama foi pressionado a acelerar a liberação da licença; sem a realização de mais de 20 audiências públicas prometidas aos moradores da região, que serão atingidos pelo lago da barragem, que deverá ter mais de 100 km de extensão; e sem respeitar as reservas indígenas, os ecossistemas, as grutas, as cachoeiras e os vários sítios arqueológicos já localizados.

     

    Contrário à construção da usina, Dom Erwin Krautler, bispo da Prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), agrega outros aspectos negativos à polêmica obra, como a inundação de bairros inteiros de Altamira, o despejo de 30 mil famílias, a destruição de terras indígenas e a criação de um forte polo de migração sem que a região tenha condições de oferecer serviços públicos adequados, de moradia, educação, saúde e segurança.

     

    Em entrevista dia 29 de janeiro, no auditório da Livraria Paulinas, em São Paulo, Dom Erwin contou que a grande maioria da população resiste à usina de Belo Monte, especialmente a população ribeirinha, os pescadores e os povos indígenas. Para os índios, explicou, a inundação de suas terras e a destruição do curso normal do rio, são coisas inaceitáveis, na medida em que representam atentados aos antepassados e ao futuro de seus filhos. A violência não é só física, na destruição do seu habitat, é também cultural, atinge suas crenças e sua religiosidade.

     

    Morador na região Amazônica há mais de 40 anos, constantemente ameaçado de morte por latifundiários, grileiros e madeireiras, Dom Erwin Krautler disse que o movimento popular em defesa do Rio Xingu tem feito de tudo para convencer as autoridades a desistirem da usina de Belo Monte. Ele esteve pessoalmente duas vezes com o presidente Lula, que lhe garantiu que ouviria os índios e os moradores de Altamira e que respeitaria os estudos de impacto ambiental. No entanto, segundo ele, os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia decidiram construir a hidrelétrica de qualquer maneira, sem levar em conta a manifestação dos moradores da região.

     

    O bispo assegura que a construção da usina provocará uma reação muito forte no povo do Xingu, principalmente por parte dos grupos indígenas – que estão bem organizados, têm plena consciência dos efeitos da obra nas suas reservas e tratam o assunto como algo vital para os seus povos. O que vai acontecer em Belo Monte é “imprevisível”, afirma Dom Erwin.

     

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  • 01/02/2010

    Denúncias contra Transposição têm grande repercussão na Itália

    Delegação indígena Nordestina, que denuncia os impactos da transposição do rio São Francisco, encontra grande receptividade na Itália, primeiro país de uma viagem pela Europa. A Transposição ficou conhecida pela população italiana através das greves de fome de Dom Cappio, em 2005 e 2007.

     

    Na Itália, a questão da preservação das águas e da privatização da água é muito atual, com um grande movimento defendendo a democratização do acesso à água. Uma das denúncias centrais referente à Transposição é que a obra beneficiará, fundamentalmente, os setores econômicos do Agronegócio e das grandes indústrias. Desta forma, a transposição não resolverá o problema do acesso à água por parte da população do semi-árido, como alega o governo Brasileiro.

     

    Corte Européia

    Na quinta-feira, dia 28, a delegação se encontrou com prefeito da cidade de Udine, também ex-reitor da Universidade de Udine. O Prof. Furio Honsell, além de fazer um pronunciamento político e se colocar à disposição para articular a causa junto aos políticos do país, propôs a criação de uma equipe internacional de juristas especialistas em água e meio ambiente, experientes em ações na Corte européia.

     

    No mesmo dia, a delegação se encontrou com o CEVI, organização com larga experiência na luta em defesa da água. À noite, houve um encontro público no Centro Balducci, um centro cultural que atua na temática ambiental e ponto de acolhimento para migrantes.

     

    Repercussão na imprensa

    Na sexta-feira, dia 29, a delegação esteve na cidade de Trento, onde foi realizada uma coletiva de imprensa, com a participação das entidades Unimondo, Ipsia, e Fundação Fontana. Os jornalistas se mostraram muito interessados no assunto e várias matérias foram publicadas nos jornais locais e num jornal nacional (Il Manifesto, principal jornal nacional da esquerda).

    Após a coletiva, os membros da delegação foram recebidos pela Associação Dom Franco Masserdotti, que confirmou seu apoio na luta contra a transposição. Pelo menos uma delegação italiana virá ao Brasil para visitar os povos e comunidades atingidos.

    Num encontro público na cidade de Bolzano, mais de 100 pessoas – dentre as quais vários brasileiros radicados na Itália – debateram sobre a transposição e seus efeitos sobre os povos indígenas com a delegação.

     

    Criminalização do movimento

    Durante uma entrevista na televisão local sobre os impactos da Transposição, Pretinha Truká, liderança do povo Truká, destacou que os grandes empreendimentos como a Transposição estão vinculados a uma estratégia de criminalização: "Os que lutam pelo direito à terra e à água e contra a transposição do rio, são criminalizados e até assassinados. O cacique do nosso povo, ‘Neguinho’, está respondendo a vários processos. Em 2005, uma liderança muito importante para a luta do nosso povo foi assassinada junto com seu filho de 17 anos, Adenilson de Santos e Jorge Adriano, diante de 600 pessoas, entre eles crianças e idosos, por parte de quatro agentes da polícia militar. Estes nem sequer foram afastados. Os crimes ficam impunes. Em 2008, outra liderança importante, Mozeni Araújo, que era uma das principais testemunhas dos dois assassinatos, também foi morto na véspera das eleições municipais. Ele era candidato a vereador e as pesquisas indicavam que seria o mais votado. Se ele fosse vereador, seria uma força política muito importante que os Truká teriam na câmara de vereadores.”

    Uilton Santos, representante do povo Tuxá, acrescentou: “Eu sou um exemplo vivo do que significam as agressões ao rio São Francisco através dos grandes projetos. O território tradicional do povo Tuxá foi inundado com a construção da hidrelétrica de Itaparica em 1986. Meu povo ficou dividido em três lugares diferentes e até hoje aguardamos que o governo federal nos garanta uma outra terra.”

    Saulo Feitosa, secretário adjunto do Cimi, discorreu sobre o impacto social que a construção dos canais provoca: “No ano em que se celebram os 20 anos da queda do muro de Berlin, a gente está assistindo à criação de uma outra fronteira artificial que está dividindo comunidades tradicionais, dessa vez por meio de um fosso, pois o canal tem 25 metros de largura, 9 metros de profundidade e uma "faixa de segurança" de 5 quilômetros, o que impede a comunicação entre pessoas que sempre conviveram na mesma localidade.”

     

    ONU e OIT

    Hoje, segunda-feira, a delegação encontra, em Genebra, Suíça, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Os contatos confirmados são com a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, o relator especial sobre os Direitos Indígenas e a relatora especial sobre o direito à Água. Está marcado também um encontro com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que emitiu observações para o Governo brasileiro sobre o descumprimento da Convenção 169 no caso do projeto da transposição do rio São Francisco. Haverá, ainda, um encontro com o Conselho Mundial de Igrejas e um encontro público com a sociedade civil suíça e várias associações e sindicatos locais.

    Em seguida, a delegação viajará para Bruxelas (Bélgica) e Berlim (Alemanha).

     

     

    Mais informações sobre a viagem:

     

    CIMI   (Brasília)  55/61/2106 1666   Paul Wolters (inglês) / Maíra Heinen (port.)

    CIMI Europa      39/33 3634 8279  Martina (coordenadora da viagem; port./ it.)

     

    Povos indígenas envolvidos na campanha Opará e contatos:

     

    Povo Truká                                               55/87/ 9606 6065   Cacique Neguinho

    Povo Tumbalalá                                        55/87/ 9131 0008    Cacique Cícero

    APOINME                                              55/75/ 8815 0715     Dipeta Tuxá

     

    Organizações envolvidas na campanha Opará e na elaboração do relatório de denúncia contatos para informações:

     

    CPP / NE                                                55/75/8835 3113    Alzeni Tomaz

    AATR                                                     55/71/3329 7393    André

    Via Campesina                                         55/82/9950 0227    Hélio

    NECTAS/UNEB                                     55/75/8856 0622    Juracy Marques

    Articulação Popular do São Francisco      55/75/8843 5494     Ticiano Rodrigo

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  • 29/01/2010

    Court solicits Funai identification of indigenous land in Pecém

    In December of 2009 the Ministério Público Federal in Ceará (MPF/CE) opened a coutr case against the state of Ceará, the Secretary of the Environment (Semace) and the Companhia Siderúrgica do Pecém (Iron and Steel Company of Pecém), with the objective of identifying the existence of the Anacé indigenous community and to delimit its traditional area.

     

    Now the Federal Court decided and notified the National Foundation of Indigenous Affairs (Funai) that the necessary measures be taken to assure the protection of the lands that traditionally were occupied by the indigenous people.

     

    In the decision, federal judge Alcides Saldanha Lima also considers important greater clarifications regarding the lands, which he observed being occupied, traditionally, by the indigenous Anacé people. The intention of the judge is to have the information complemented that was already elaborated by an anthropological study of the Funai presented in the civil public action, which affirms the existence of the Anacé ethnicity.

     

    In the action, the MPF asks the Court that the government of Ceará be made to desist from realizing any expropriation in the lands occupied by the Anacé indigenous community, who are threatened with forced removal from their traditional lands due to the pretended installation of the Industrial Complex and the Port of Pecém (CIPP).

     

    The MPF, in a statement released on the internet, informs that, “the decision is important and signifies a decisive step toward definitive recognition of the Anacé ethnicity”.

     

    With information from the Federal Public Ministry / State of Ceará

    Daniel Fonsêca

    Journalist/ Fortaleza, Ceará

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  • 29/01/2010

    O vosso desenvolvimento é o nosso massacre”: Delegação indígena denuncia a Transposição na Europa

    Na Itália, o primeiro país do giro pela Europa, a delegação Nordestina denunciou os impactos nefastos da transposição do rio São Francisco e as violações dos direitos humanos na preparação e execução do projeto.

     

    A delegação indígena leva um grito de alarme para os governos e a sociedade civil dos países europeus: o rio São Francisco já sofreu tantas agressões, como a construção de sete barragens hidrelétricas e desmatamento, que não tem condições para suportar outro projeto de exploração intensiva das suas águas. Os danos ambientais serão irreparáveis e levarão à morte do rio que, em vez de outro projeto de engenharia, precisa na verdade de uma revitalização.

     

    Desenvolvimento: não a todo custo

    Em Roma, Itália, a delegação participou de várias atividades públicas. No dia 25 de janeiro, houve uma conferência publica na Sala da Paz da Província. No dia seguinte, a delegação participou de um encontro público no Centro Italiano pela Paz (Cipax). Pretinha Truká, Uilton Tuxá e Saulo Feitosa também foram recebidos pelo deputado nacional italiano Domenico Scilipoti, que faz parte da "Comissão Meio ambiente, Território e Obras Públicas", e que luta contra a privatização da água na Itália.

     

    “A transposição acaba com os nossos povos e nosso estilo de vida”. Essa foi a mensagem que os membros da delegação passaram às diferentes platéias. Pretinha, liderança do povo Truká, foi enfática sobre o projeto que o governo apresenta como um grande passo de desenvolvimento: "O vosso desenvolvimento é o nosso massacre!", afirmou

     

    Uilton dos Santos, cacique do povo Tuxá e coordenador geral da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), deixou claro que a oposição ao projeto da Transposição não é uma mera oposição dos povos indígenas ao desenvolvimento em si, mas à forma de alcançá-lo. "Desenvolvimento sim, mas não a todo custo. A economia passa por cima da vida e por cima dos direitos humanos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais”, ressaltou.

     

    Acesso à água para todos

    Uilton salientou ainda que a transposição transformará o rio São Francisco no maior mercado hidrográfico do mundo, o que se contrapõe totalmente à concepção indígena: “Para os índios, a água é um bem comum da humanidade, não é mercadoria”.

     

    Ele também afirmou que, segundo dados do próprio governo, a água da transposição somente beneficiará o agronegócio e empresas metalúrgicas, dentre outras indústrias, sem beneficiar os povos carentes da região. Estes não terão acesso à água dos canais, contrariamente ao anúncio do governo, de que  o grande lema da transposiçãoseria ‘levar água para o povo sedento’ do semi-árido. “Ao mesmo tempo, o próprio governo elaborou um plano alternativo de gestão hídrica para o Nordeste, o famoso Atlas”, continuou Uilton  “que, com a metade dos custos, pode beneficiar um número muito maior de pessoas e resolver o problema da distribuição de água no Nordeste, com impacto ambiental menor e democratização do acesso à água para os pobres da região”.

     

    Etnocídio

    O terceiro membro da delegação, Saulo Feitosa, secretário adjunto do CIMI, colocou a transposição no contexto mais abrangente das ameaças que o PAC representa para os povos indígenas. "Tem 450 obras dos programas do governo Lula que afetam Terras Indígenas. Segundo nossos dados e pesquisas, por exemplo, tem pelo menos 21 projetos que afetam povos indígenas não contatados, que estão em risco de extinção. Temos experiências anteriores, esses encontros são fatais para estes povos. Nesse sentido, a gente fala de etnocídio”.

     

    ONU

    Depois dos encontros na Itália, a delegação segue para Genebra, na Suíça, a fim de encontrar-se com representantes da Organização das Nações Unidas. Os contatos confirmados são com a Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, o relator especial sobre os Direitos Indígenas, a relatora especial sobre o direito à Água e a Ogganização Internacional do Trabalho (OIT), que emitiu observações para o Governo brasileiro sobre o descumprimento da Convenção 169 no caso do projeto da transposição do rio São Francisco.

    Em seguida, a delegação viajará para Bruxelas (Bélgica) e Berlim (Alemanha).

     

    Mais informações:

     

    CIMI 55/61/2106 1666 Paul

     

    CIMI Europa 39/3336348279 Martina

     

    CPP / NE 55/75/8835 3113 Alzeni Tomáz

     

    Via Campesina 55/82/9950 0227 Hélio

     

    Povo Truká 55/87/ 9606 6065 Cacique Neguinho

     

    Povo Tumbalalá 55/87/ 9131 0008

     

    Cacique Cícero NECTAS/UNEB 55/87/ 7588 56 0622 Juracy Marques

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