• 19/11/2004

    Povos Indígenas da Amazônia discutem projeto etnopolítico

    “Não esperávamos ser considerados criminosos em nossas casas e invasores de nossas terras. Não esperávamos que as terras e os direitos indígenas fossem usados como moeda de troca”.  O tom de indignação e decepção com a política indigenista do governo foi a tônica dos debates deste primeiro dia do II Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Amazônia, que está se realizando no Centro de Convenções de Cuiabá, dos dias 17 a 19 de novembro. Um dos acontecimentos deste primeiro dia que expressam o clima de descontentamento e revolta foi a retirada do representante da Funai da plenária do Fórum. “Envia pessoas do segundo ou terceiro escalão. É uma desconsideração e uma discriminação para com os povos indígenas e o nosso movimento. Por isso sugiro que o senhor Eslovack, enviado como representante do presidente da Funai, se retire deste local”. Com essas palavras do presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, e o pedido do presidente da Coiab para que se retirasse do ressinto, o representante da Funai foi embora.


     


    Outra demonstração clara dos rumos que os atuais governantes estão imprimindo na sua política com os povos indígenas foram as declarações do representante do governo do Estado do Mato Grosso, Edivar Sardinha, que defendeu a regularização da exploração de madeira e minérios em terras indígenas, sob o pretexto de tirar essas atividades da clandestinidade. Além disso, afirmou “os índios não podem continuar vivendo de caça e pesca. Essa é uma visão romântica de quem vive nas grandes cidades. Porque não terem os índios um carro Toyota, um trator, comer em churrascaria e namorar uma loira?”.


     


    Aproximadamente 200 indígenas, dos nove estados amazônicos, estão participando deste Fórum, que tem como objetivo “analisar a relação histórica do Estado brasileiro com os povos indígenas, a política e prática indigenista oficial, e a atuação das Organizações Não governamentais (ONGs) junto aos povos indígenas, avaliar a caminhada do movimento indígena e da Coiab e definir propostas e encaminhamentos para o Projeto Etnopolítico do Movimento Indígena da Amazônia, definindo alianças e estratégias para o fortalecimento do movimento indígena amazônico e nacional.


     


    Este II Fórum está sendo marcado pelo anúncio de mais uma morte de liderança indígena, o que demonstra o grau de violência a que estão sendo submetidos os povos indígenas. A morte do tuxaua Feliciano Sapará, no município de Pacaraima em Roraima, no dia 16, tem gerado comoção e revolta entre os participantes. Ele era uma liderança comprometida com a luta de seu povo, na Terra Indígena São Marcos, um lutador do movimento indígena naquele estado.


     


    Também o tom comemorativo dos 15 anos da Coiab está marcando este encontro. É um momento de celebrar os passos e avanços conseguidos, os tropeços e desafios enfrentados e ao mesmo tempo projetar com ousadia e realismo as estratégias para o futuro. Neste processo foram lembradas as inúmeras lideranças que com suas vidas ajudaram ao movimento e organização indígena chegar a esse momento de construção de um promissor processo de autonomia. Hoje à noite haverá uma sessão especial comemorativa e festiva.


     


    Durante todo o dia de hoje estarão sendo realizados trabalhos de discussão em grupo dobre o tema proposto seguido de exposição e debate em plenário. Existe um grande desejo de participar e partilhar informações, por parte dos representantes que vêm das aldeias e comunidades e muitas vezes não recebem as necessárias informações para entender e se posicionar sobre temas cada vez mais complexos e urgentes.


     


    Cuiabá (MT), 18 de novembro de 2004.


     


    Egon Heck


    Cimi Secretariado Nacional


     

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  • 19/11/2004

    Newsletter n. 640



    AUDIENCE BRINGS REPRESENTATIVES OF 20 INDIGENOUS PEOPLES AND PUBLIC AUTHORITIES TOGETHER ON FRIDAY


    About 60 indigenous people will attend an audience with representatives of Funai, Incra, Funasa, Ibama, the Federal Prosecution Service, and the ministries of Education, Environment and Justice next Friday, the 19th, at 9:00 a.m. at the Office of the Attorney General.


     


    Half of the group came from Rondônia. The group includes representatives of 17 indigenous peoples who, among other important topics they intend to address during the Audience, will mention health care issues and the need to demarcate indigenous lands and remove invaders from them.


     


    The indigenous peoples of Rondônia reported that no special health care is available to them in that state. During the Fernando Henrique Cardoso administration, health care services for indigenous people were outsourced through agreements entered into with an NGO and an indigenous organization. The agreements were cancelled early this year, and no public policy has replaced that model so far. The Indigenous Health Agents who provide health care services in indigenous villages complain that the contents of their training courses have been exactly the same in the last four years. Indigenous people are forced to leave their villages and go to larger cities for medical treatment, where they are referred The lack of special health care arrangements for indigenous people makes it impossible for them to communicate their needs to the doctors who receive them in those cities, since not all the indigenous people of Rondônia speak Portuguese.


     


    According to them, the National Health Foundation (Funasa) refuses to treat indigenous people who don’t live in indigenous villages, that is, who live in cities, and also refuses to give them medicines when they manage to be seen by doctors of the Unified Health System (SUS).


     


    Regarding their lands, some peoples of Rondônia want measures to be taken to initiate the recognition of their traditional territories, others are struggling to remove invaders from demarcated lands, and others want the bounds of their lands to be reviewed, since the demarcated areas have excluded traditional sites such as cemeteries and what they refer to as taquarais (sites where they extract raw materials to build their homes and produce handicraft).


     


    The Tupari people will report that 4 dams were built in Rio Branco which affected the water flow rate of an important river as well as their fishing activities and transportation through it. “The river we use for transportation purposes is dry and the fish disappeared. The dams hold the water and release it without consulting indigenous people. The river banks were deforested for cattle to be raised and the poison used in coffee plantations contaminated the water,” indigenous leaders report.


     


    The Pataxó Hã-Hã-Hãe and Tupinambá de Olivença (state of Bahia) peoples will attend the Audience. For 22 years, the Pataxó Hã-Hã-Hãe have been pressuring for an action for declaring title deeds null and void to be judged by the Supreme Federal Court. Their lands can only be demarcated and invading farmers removed from them after the court issues its final judgment in connection with that lawsuit.


     


    The Tupinambá de Olivença are a resistant people, since they were considered extinct but managed to reorganize themselves and are now fighting for the recognition of their land.


    The Javaé who live in the Bananal Island in the state of Tocantins will attend the audience to demand the official confirmation of the bounds of their traditional land, which has been demarcated already. The overlapping of the Araguaia National Park with indigenous lands prevents the conclusion of their recognition process and generates disputes between indigenous people and Ibama (Brazilian Institute for the Environment).


     


     


    CONFERENCE WILL BRING TOGETHER 10,000 RURAL WORKERS, INDIGENOUS PEOPLE, AND MILITANTS OF SOCIAL MOVEMENTS IN BRASÍLIA


     


    The “National Land and Water Conference: Land Reform, Democracy and Sustainable Development” will bring together 10,000 rural workers affected by dams, indigenous people, and militants of social movements on November 22-25 at the Nilson Nelson stadium in Brasília.


     


    “We want to hear the wisdom coming from the people, from the forests, from semiarid regions, from riverine populations, from the cerrado (savanna), from all parts of Brazil. This is a responsible civil society aware of its prerogatives in the exercise of power and capacity to influence the public opinion,” says Dom Tomás Balduíno, president of the Land Pastoral Commission (CPT).


     


    The ministers of Agrarian Development, Mines and Energy, Environment, and Civil House will be discussing different issues with leaders of Brazilian land-related movements during the Conference.


     


    “In the land study to be discussed, we will see what is happening to the land, which is being used as a raw material for agribusiness activities that are destroying everything in the name of progress, of development, of the export model. This is detrimental to the land and society, to men and women who live off the land. The same problems exists in connection with the water, which has become private property,” criticizes Dom Tomás. Different dams – which account for 79% of the electricity generated in Brazil – have already expelled one million people from their lands and flooded 34,000 km2 of forest areas. They directly affect indigenous peoples throughout the country.


     


    About 180 indigenous people will attend the Conference. “It will be the largest Conference of people linked to land-related movements in the history of our Country. It is a landmark in the history of the struggle of rural workers,” says João Paulo Rodrigues, leader of the Landless Movement (MST). “We want to show to society that the movements of rural workers have been unified and that different demonstrations and actions scheduled for next year will be as unified as those of farmers’ associations today. They joined efforts around agribusiness activities and we, the rural poor, will join efforts around what we defend, namely, life and the land.”


     


     


                                               Brasília, 18 de novembro de 2004


                                             



                  

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  • 19/11/2004

    Documento: I Encontro Macro-Regional de Professoras e Professores Indígenas do Leste e Nordeste

     


    Aldeia Vila de Cimbres Povo Xukuru do Ororubá.


    Pesqueira – PE


     


    Eu ainda acredito nas florestas e nos índios,


    Na doçura dos meninos que no fundo todos somos


    Eu ainda acredito nos heróis adormecidos


    Nessa força que revolta e nos faz ficar erguidos.


    (Jorge Vercilo)


     


    Nós professores, professoras e lideranças dos povos Pankará, Truká (OPIT – Organização dos/as Professores/as Indígenas Truká); Atikum (COPIA – Comissão de Professores/as Indígenas Atikum), Pankararu (COEP – Central de Organização das Escolas Pankararu), Pipipã, Kapinawá, Kambiwá, Xukuru (COPIXO – Conselho de Professores Indígenas Xukuru Ororubá) em Pernambuco; Pataxó Hã-Hã-Hãe; Pataxó, Tupinambá de Olivença e de Belmonte, Tuxá de Rodelas na Bahia; Xukuru-Kariri, Koiupanká, Karuazu, Kalankó, em Alagoas; Anacé e Tabajara no Ceará; Potiguara (OPIP – Organização dos/as Professores/as Indígenas Potiguara) na Paraíba e  Xacriabá (OEIX – Organização de Educação Indígena Xacriabá) em Minas Gerais, reunidos em encontro macro-regional no dias 11, 12 e 13 de novembro de 2004, com o objetivo de discutir a Educação Escolar nos povos, promover a articulação dos professores e das professoras  indígenas e fortalecer o nosso movimento.


     


    Iniciamos nosso encontro apresentando um diagnóstico da situação da Educação Escolar Indígena em cada Estado, onde identificamos que apesar de termos uma legislação que reconhece e garante a diferença e a especificidade, na prática não está sendo respeitada pelos Municípios, Estados e Governo Federal. Enfrentamos problemas de toda ordem, seja no atendimento, na formação ou na contratação dos/as professores/as. Contudo, identificamos também que há muitos avanços em relação ao nosso movimento. É devido nossa organização que estamos garantindo a participação efetiva de nossas comunidades nas decisões da vida escolar, como a escolha dos/as professores/as, vigias, merendeiras, estamos conquistando mais autonomia política e pedagógica e desconstruindo de fato o modelo de escola que nos foi imposto.


     


    Analisamos na conjuntura nacional que o Estado Brasileiro tem se comportado de maneira desrespeitosa em relação aos nossos direitos, com redução e não demarcação de nossas terras favorecendo uma violência sistemática onde nos últimos dois anos 40 lideranças indígenas foram assassinadas, gerando um clima de terror e impunidade. No que se refere a Educação Escolar Indígena, detectamos que o Estado não tem vontade de implementar as políticas públicas que venham desenvolver uma educação escolar indígena de qualidade, desrespeitando assim a Constituição Federal de 1988, LDB 1996, a Resolução 03/99 e o Parecer 14/99.


     


    Neste sentido, mais uma vez nos dirigimos às autoridades competentes para que se encaminhem uma política indigenista de Estado que atenda as nossas necessidades e as diversidades étnicas de nosso país.


     


     


    Pesqueira, 13 de Novembro de 2004.


     

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  • 18/11/2004

    Informe nº. 640


    AUDIÊNCIA COLETIVA REÚNE 20 POVOS INDÍGENAS E PODER PÚBLICO NA SEXTA-FEIRA


     


    Cerca de 60 indígenas estarão reunidos em audiência coletiva com representantes da Funai, Incra, Funasa, Ibama, do Ministério Público Federal e dos ministérios da Educação, Meio Ambiente e Justiça na próxima sexta-feira, 19, às 9 horas, na Procuradoria Geral da República.


     


    Metade do grupo veio de Rondônia. São representantes de 15 povos que trazem, entre os principais temas a serem tratados na Audiência, o atendimento à saúde e a demarcação e desintrusão de terras.


     


    Os povos de Rondônia contam que não existe atendimento especial para a saúde indígena no estado. Ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, o atendimento à saúde indígena foi terceirizado, através de convênios com uma ONG e com uma organização indígena. Os convênios foram cancelados no início deste ano e nenhuma política pública substituiu aquele modelo. Os Agentes Indígenas de Saúde, que atendem nas aldeias, reclamam dos cursos de formação que, há quatro anos, trabalham os mesmos conteúdos. Os indígenas das aldeias têm de ir às cidades, onde são encaminhados pelas “Casas do Índio” ao atendimento pelos hospitais do SUS.


     


    A falta de atendimento diferenciado gera, por exemplo, impossibilidade de comunicação entre indígenas e os médicos que os atendem nas cidades, já que nem todos os índios de Rondônia falam o português.


     


     Segundo os indígenas, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) tem se recusado a atender aos índios desaldeados – que vivem nas cidades – e a repassar remédios a eles quando conseguem ser atendidos pelo SUS ( Sistema Único de Saúde).


     


    Em relação à terra, alguns povos de Rondônia solicitam o início do processo de reconhecimento de seus territórios tradicionais; outros lutam pela desitrusão das terras demarcadas e outros, ainda, buscam a revisão de limites das terras, já que as áreas demarcadas deixaram de fora sítios tradicionais, como cemitérios e taquarais (de onde se retira matéria prima para casas e artesanato).


     


    O povo Tupari denunciará que, no Rio Branco, foram construídas 4 barragens, que alteram a vazão das águas e impedem a pesca e o trânsito dos indígenas, feito pelo rio. “O rio para transporte está seco, e os peixes sumiram. As barragens prendem e soltam a água sem que os indígenas sejam consultados. A beira do rio está sendo desmatada para criação de gado e o veneno usado nas plantações de café piorou a água”, relatam as lideranças.


     


    Estarão presentes também os povos Pataxó Hã-Hã-Hãe e os Tupinambá de Olivença, da Bahia. Há 22 anos, os Pataxó Hã-Hã-Hãe pressionam para que seja concluída uma ação de nulidade de títulos, que está no Supremo Tribunal Federal. Só a conclusão deste processo permitirá a homologação de suas terras e a retirada dos fazendeiros. 


     


    Os Tupinambá de Olivença são um povo resistente, que já foi dado como extinto mas conseguiu se reorganizar e agora luta pelo reconhecimento de sua terra.


     


    Os Javaé, que vivem na Ilha do Bananal, no Tocantins, estarão na audiência para exigir a homologação de sua terra tradicional, que está demarcada. A sobreposição do Parque Nacional do Araguaia com as terras indígenas impede que o processo de reconhecimento das terras seja concluído e gera discordâncias entre índios e Ibama.


     


     


     


    CONFERÊNCIA VAI REUNIR 10 MIL TRABALHADORES RURAIS, INDÍGENAS E MILITANTES DE MOVIMENTOS SOCIAIS EM BRASÍLIA


     


    A “Conferência Nacional Terra e Água: Reforma Agrária, Democracia e Desenvolvimento Sustentável” vai reunir 10 mil trabalhadores rurais, atingidos por barragens, indígenas e militantes de movimentos sociais entre 22 e 25 de novembro, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.


     


    “Queremos escutar a sabedoria que vem das bases populares, das florestas, do semi-árido, dos ribeirinhos, do cerrado, de todas as partes do Brasil. É uma sociedade civil responsável, que assume a sua prerrogativa de exercício de poder, influindo na opinião pública”, afirma Dom Tomás Balduíno, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).


    Durante os debates da Conferência, estarão presentes os ministros do Desenvolvimento Agrário, Minas e Energia, do Meio Ambiente e da Casa Civil, debatendo com lideranças dos movimentos agrários brasileiros.


     


    “No estudo da terra, vai aparecer o que está acontecendo com a terra, que entrou como matéria prima do agronegócio que está arrebentando tudo em nome do progresso, em nome do desenvolvimento, do modelo exportador. É um estrago na terra e um estrago na sociedade, nos homens e mulheres da terra. A mesma problemática com relação à água, que se torna propriedade privada”, critica Dom Tomás. As barragens – responsáveis por 79% da energia elétrica gerada no Brasil já expulsaram um milhão de pessoas de suas terras e inundaram 34 mil km2 de áreas de floresta. São obras que têm impactos diretos em povos indígenas de todo o país.


     


    Cerca de 180 indígenas participarão da Conferência. “Esta será a maior Conferência de movimento camponês que já houve na história do nosso país. É um marco na história da luta camponesa”, afirma João Paulo Rodrigues, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Queremos mostrar para a sociedade que os movimentos do campo estão unificados e que as várias ações que deverão acontecer no próximo ano terão a mesma unificação que têm hoje os ruralistas. Eles conseguiram se uificar em torno do agronegócio e nós, os pobres do campo, vamos nos unificar em torno do que defendemos, que é a vida, a terra”.


     


    Brasília, 18 de novembro de 2004.


     

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  • 17/11/2004

    Extinta Ação de Inconstitucionalidade contra demarcação de terra indígena na Ilha do Bananal

    A Ministra Ellen Gracie, Relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.335, proposta pelo Procurador Geral da República, contra a Portaria nº 359, abril de 2001, do Ministro da Justiça, que declarou os limites e determinou a demarcação da Terra Indígena Inawébohona, localizada na Ilha do Bananal, no Tocantins, decidiu negar seguimento à ADI, sob o fundamento de que a Ação não ataca ato normativo e sim um ato administrativo declaratório de limites de uma terra indígena: “NO PRESENTE CASO, O NÃO CABIMENTO DA VIA ELEITA SE REVELA DE FORMA MAIS VEEMENTE, UMA VEZ QUE A PORTARIA HOSTILIZADA, LONGE DE ESTIPULAR REGRAS E PROCEDIMENTOS, TEVE COMO FINALIDADE ÚNICA A ESPECIFICAÇÃO TERRITORIAL DE UMA ÁREA CUJA POSSE PERMANENTE FOI ATRIBUÍDA AOS GRUPOS INDÍGENAS REFERIDOS. DEFINIR, COM PRECISÇÃO, SE O ESPAÇO FÍSICO APONTADO NA PORTARIA SOBREPÕE-SE, AINDA QUE PARCIALMENTE, AO TERRITÓRIO DO PARQUE NACIONAL DO ARAGUAIA DEMANDARIA FARTA PRODUÇÃO DE PROVA, INCLUSIVE PERICIAL, TAMBÉM INCOMPATÍVEL COM O CONTROLE ABSTRATO DE NORMAS. 4 – RESSALTE-SE, POR ÚLTIMO, QUE A ADI NÃO É SUCEDÂNEO DE AÇÃO POPULAR CONSTITUCIONAL, “DESTINADA, ESTA SIM, A PRESERVAR, EM FUNÇÃO DE SEU AMPLO ESPECTRO DE ATUAÇÃO JURÍDICO-PROCESSUAL, A INTANGIBILIDADE DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E A INTEGRIDADE DO PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA (CF, ART. 5º, LXXIII)” (ADI 842 REL. MIN. CELSO DE MELLO …. 5- POR TODAS ESTAS RAZÇÕES, (…), NEGO SEGUIMENTO A ESTA ADI (RI, ART. 21, §1º).


     


    Paulo Machado Guimarães


     


    Clique aqui para ver a notícia no site do STF

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  • 17/11/2004

    Apinajé






























    POVO
    APINAJÉ


    Outras denominações:


     


    Outras grafias:


    Apinayé


    Língua:


    Tronco Lingüístico:


    Macro-Jê


    Família lingüística:



    Língua materna:


    Línguas faladas:


    População:


    No Estado:


    1.135


    Total:


    1.135


    Localização:


    Terra Indígena:


    Apinajé


     


    Estado:


    Tocantins


    Município:


    Tocantinópolis


    Maurilândia


    São Bento


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  • 17/11/2004

    Javaé






























    POVO
    JAVAÉ


    Outras denominações:


    Outras grafias:


    Língua:


    Tronco Lingüístico:


    Macro-Jê


    Família lingüística:


    Karajá


    Língua materna:


    Javaé


    Línguas faladas:


     


    População:


    No Estado:


    Total:


    Localização:


    Terra Indígena:


    Inãwébohona (Boto Velho)


    Parque do Araguaia


    Utaria Wyhyna-Hirari


    Estado:


    Tocantins


    Município:


    Pium


    Lagoa da Confusão


    Formoso do Araguaia


    Pium


    Cristalândia


    Lagoa da Confusão


    Pium


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  • 17/11/2004

    Karajá






























    POVO
    KARAJÁ


    Outras denominações:


    Xambioá


    Outras grafias:


    Língua:


    Tronco Lingüístico:


    Macro-Jê


    Família lingüística:


    Karajá


    Língua materna:


    Karajá


    Línguas faladas:


     


    População:


    No Estado:


    250


    Total:


    250


    Localização:


    Terra Indígena:


    Xambioá


    Estado:


    Tocantins


    Município:


    Araguaia


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  • 17/11/2004

    Krahô






























    POVO
    KRAHÔ


    Outras denominações:


    Outras grafias:


    Língua:


    Tronco Lingüístico:


    Macro-Jê


    Família lingüística:



    Língua materna:


    Timbira


    Línguas faladas:


     


    População:


    No Estado:


    2.000


    Total:


    2.000


    Localização:


    Terra Indígena:


    Krahô


    Kraolândia


     


    Estado:


    Tocantins


    Município:


    Cristalândia


    Itacajá


    Goiatins


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  • 17/11/2004

    Krahô-Kanela































    POVO
    KRAHÔ-KANELA


    Outras denominações:


    Outras grafias:


    Língua:


    Tronco Lingüístico:


    Macro-Jê


    Família lingüística:



    Língua materna:


    Timbira


    Línguas faladas:


     


    População:


    No Estado:


    380


    Total:


    380


    Localização:


    Terra Indígena:


    Krahô-Kanela


    Estado:


    Tocantins


    Município:


    Cristalândia


    Regional e/ou Equipe do Cimi que presta acompanhamento:


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