26/02/2009

Segurança Pública é tema da Campanha da Fraternidade de 2009








No dia 25 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a Campanha da Fraternidade (CF) 2009 em Aparecida, São Paulo. Com o tema “Fraternidade e Segurança Pública” e o lema “A Paz é fruto da Justiça” (Is 32, 17), a campanha visa o debate sobre segurança pública e violência, com a finalidade de colaborar para a promoção da cultura de paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem na construção da justiça social.

De acordo com texto-base da Campanha, é preciso que “se desenvolva nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal para que assumam sua responsabilidade em relação ao problema”. Desta forma, a CF estimula a denúncia de crimes contra a ética na prática da economia e da gestão pública; fortalecerá a ação educativa para a promoção de uma cultura de paz através da afirmação de direitos; denunciará o modelo punitivo presente no atual sistema penal brasileiro.

A articulação de redes sociais populares e de políticas públicas, além da animação e organização de ações solidárias em favor das vítimas da violência estão entre os objetivos. Essas ações podem ajudar a superar as causas da segurança e tudo que a provoca também estão entre os objetivos da CF 2009.

“A CNBB quer contribuir para que esse processo [ de insegurança] seja revertido através da força transformadora do Evangelho. Todos nós somos convidados a uma profunda conversão e a assumir as atitudes e opções de Jesus, únicos valores capazes de  garantir,  de verdade, a eficaz construção de uma sociedade mais justa e solidária e, consequentemente, mais segura”, disse o Secretário-Geral da CNBB, Dom Dimas Barbosa, em sua carta de apresentação da Campanha.

Enfrentamento

Para a Igreja, a violência e a insegurança têm causas definidas e que precisam ser combatidas. A injustiça social, a desvalorização da pessoa humana e de sua dignidade, a pobreza, a miséria, a fome e a exclusão social são alguns fatores que precisam ser enfrentados. Além disso, o atual modelo social, centrado no pilar econômico-financeiro, a educação de má qualidade, o individualismo e o subjetivismo, que impedem ações conjuntas e solidárias, precisam ser sanados pelo Poder Público. 

De acordo com o assessor nacional da Cáritas Brasileira, Vitélio Pasa, essas reflexões são necessárias e  facilitadas pelo potencial mobilizador que a Igreja possui. “ A Campanha da Fraternidade é o maior gesto de evangelização que acontece no País. Tem-se um instrumental importantíssimo: as dioceses, as paróquias e pastorais sociais atingem a todas as parcelas da sociedade brasileira, levarão o debate sobre Segurança Pública e estimularão a cobrança de políticas públicas e alternativas para a sociedade”, explica.


 

Fonte: Cáritas
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