Informe nº. 853: Polícia Militar é acusada de agredir jovem Guarani no Rio Grande do Sul
Informe nº. 853
- Polícia Militar é acusada de agredir jovem Guarani no Rio Grande do Sul
- Indígenas preparam proposta de Estatuto para os Povos Indígenas
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Polícia Militar é acusada de agredir jovem Guarani no Rio Grande do Sul
O Guarani Nelson Duarte, de 15 anos, afirma ter sido espancado por policiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, após ser abordado por nenhum motivo aparente, na cidade de Barra do Ribeiro, na noite do dia 9 de fevereiro. A denúncia foi feita à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (CDH) e ao Ministério Público Federal, que estão acompanhando o caso.
No momento da agressão, Nelson voltava para sua casa, na aldeia Coxilha da Cruz. Ele afirma que os policiais o pararam, sem nenhum motivo aparente, e começaram a espancá-lo, com chutes pelo corpo. Também teriam amarrado a mão do jovem no volante da viatura. Ao ver a violência, um comerciante foi até o local onde estavam os policiais, que deixaram o indígena e saíram na viatura em rápida velocidade.
No dia seguinte, Nelson, ainda muito assustado, foi atendido num hospital
A liderança Maurício Guarani, que acompanhou Nelson, teme que haja represálias dos policiais da região de Barra do Ribeiro, por conta das denúncias. Em julho de 2008, algumas famílias Guarani também sofreram agressões da Brigada Militar quando foram desalojadas de um acampamento em Eldorado do Sul.
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Indígenas preparam proposta de Estatuto para os Povos Indígenas
De
Divididos em comissões, os integrantes indígenas e não-indígenas da CNPI redigirão a proposta de texto para os diversos temas regulamentados pelo Estatuto (saúde, educação, assistência social, exploração de recursos hídricos e minerais, terras indígenas…).
Na próxima reunião da CNPI, na segunda quinzena de março, os artigos serão reunidos e, em abril, a proposta do Estatuto será apresentada aos indígenas reunidos no Acampamento Terra Livre,
A tramitação do Estatuto dos Povos Indígenas está parada há 14 anos no Congresso. Algumas determinações do Estatuto em vigor, promulgado em 1976, confrontam-se com direitos já conquistados pelos povos indígenas na Constituição Federal de 1998.
Brasília, 12 de fevereiro de 2009
Cimi – Conselho Indigenista Missionário