26/11/2008

Começa campanha de ativismo contra violência de gênero

  


No contexto da campanha realizada pela sociedade civil com o objetivo de celebrar o 60° aniversário da Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH60), o Centro pela Liderança Global das Mulheres (CWGL – sigla em inglês) convida a todos para participar da campanha de 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, que será realizada de 25 de novembro até 10 de dezembro. Hoje (25), se celebra o Dia Mundial pelo Fim da Violência contra as Mulheres.


 


“Convidamos os grupos a enfocar seus planos para a campanha dos 16 Dias de Ativismos contra a Violência de Gênero de 2008 em atividades relacionadas aos múltiplos desafios que as mulheres enfrentam no campo dos direitos humanos ao redor do mundo e a celebrar a liderança das mulheres em defesa dos direitos humanos”, afirma a convocatória do Centro.


 


As atividades do CWGL orientam-se por meio das seguintes áreas de trabalho: apoiar as mulheres defensoras dos direitos humanos; pôr fim à violência contra as mulheres; fortalecer as estruturas de igualdade de gênero da ONU; exigir um aumento nos fundos econômicos dedicados à igualdade de gênero. Segundo o Centro, a campanha DUDH60 contribui como uma oportunidade para realizar atividades em prol dos direitos humanos das mulheres e pelos esforços para acabar com a desigualdade de gênero e criar um mundo livre de violência, discriminação e injustiça.


 


“Os marcos globais para a realização dos direitos das mulheres têm sido concretizados na Convenção das Mulheres (CEDAW), e nos documentos dos outros processos da ONU, como, por exemplo, a Declaração de Viena sobre os Direitos Humanos, o Programa de Ação de Cairo, a Plataforma de Ação de Pequim, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a Cúpula Mundial. As mulheres têm tido êxito em exigir a vontade dos Estados para a criação de verdadeiras mudanças. No entanto, ainda falta a implementação e os recursos para poder cumprir esses compromissos”, acrescentam.


 


O Centro convida as instituições e os movimentos sociais a elaborarem sua própria atividade ou a participarem de uma atividade dos 16 Dias na comunidade ou escolas. Pela internet, haverá um diálogo eletrônico mediante o qual as ativistas podem compartilhar informação sobre seu trabalaho contra a violência, construir relações de trabalho ao redor do mundo, além de elaborar estratégias e propor temas para a campanha anual dos 16 dias. Para participar, acesse


ttps://email.rutgers.edu/mailman/listinfo/16days_discussion.


 


No último informe regional divulgado pela Organização Pan-americana de Saúde (OPS) com dados de 2007, os números sobre a violência contra a mulher na América Latina e no caribe não só se mantiveram, mas também, em alguns países, aumentaram. Segundo o relatório, é necessário avançar rumo a uma política pública que acentue o dever de diligência do Estado de proteger as mulheres contra a violência.


 


Os números são alarmantes. No Chile, de 1990 a 2007, mais de 900 mulheres haviam falecido por causa de homicídio, em grande maioria, vítimas de seus companheiros ou ex-companheiros. Em Bahamas, o feminicídio representou 42% do total de assassinatos em 2000, 44% em 2001 e em 53% em 2002. No Uruguai, uma mulher morre a cada nove dias como resultado da violência doméstica.


 


Para saber mais sobre a campanha, acesse:


 http://www.cwgl.rutgers.edu/16days/home.html


 

Fonte: Adital
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