12/08/2008

Povos indígenas e poder político – Simpósio na UnB

A situação política em países onde a população indígena é numerosa tende a ser influenciada por esses povos. É o caso da Bolívia, comandada por um índio, Evo Morales, cuja permanência como presidente da República foi referendada pela população no último dia 8.


No Simpósio Povos Indígenas e Poder Político na América Latina, que ocorre entre os dias 13 e 15 de agosto na Universidade de Brasília (UnB), representantes de países andinos (Equador, Peru, Bolívia) e centro-americanos (Nicarágua, Guatemala, México) vão debater como é feita a política indigenista nessas nações, onde os índios constituem-se, se não a maioria, parte significativa da população. Os debates ocorrem durante todo o dia no Auditório Dois Candangos (campus do Plano Piloto).


O Simpósio é promovido pelo Departamento de Antropologia (DAN) da UnB e pelo Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinepe). A programação completa está disponível no site www.unb.br/ics/dan. Haverá transmissão simultânea do encontro pela UnBTV (canal 6 da Net ou no site www.cpce.unb.br/unbtv).


POLÍTICA – A situação do Paraguai também será debatida no encontro, uma vez que a identidade nacional é fortemente influenciada pela língua e cultura Guarani. De acordo com a organizadora do simpósio, professora Alcida Ramos, do DAN, Bolívia e Paraguai são um campo privilegiado para reflexão sobre avanços e retrocessos na política indigenista da América Latina. “Onde há populações indígenas volumosas o estado não pode ignorá-las. Os brasileiros têm muito o que aprender com essas nações”, avalia.


De acordo com a antropóloga, em algumas das nações participantes do encontro houve grandes avanços, principalmente na Bolívia. Mas, por outro lado, países como o México apresentaram retrocessos em sua política indigenista, especialmente a partir da criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).


Alcida Ramos também cita a Guatemala, que em período de guerra registrou ataques brutais à população indígena. “O país passa por um período de pós-guerra e vamos saber os efeitos da guerra sangrenta, da repercussão que isso teve na situação atual deles”, afirma.  

PROGRAMAÇÃO (em espanhol)

DIA 13 DE AGOSTO

9h: abertura
9h45: Mesa 1
Moderador: José Pimenta (Antropólogo, UnB)

NICARÁGUA
El desafío de construir una autonomía para pueblos indígenas y comunidades étnicas en las Regiones Autónomas de Nicaragua, com Myrna Cunningham (Centro para la Autonomía y Desarrollo de los Pueblos Indígenas –CADPI);

GUATEMALA
Multiculturalismo oficial y formas de construcción de ciudadanía indígena en Guatemala – Edgar Esquit (Universidad de San Carlos);


14.30: – Mesa 2
Moderador: Wilson Trajano Filho (Antropólogo, UnB)


MÉXICO
¿Del indigenismo al diálogo intercultural? Inicios y obstáculos para la re-organización de México como nación multiétnica y multicultural – Esteban Krotz (Universidad Autónoma de Yucatán – México);

– Panorama del contexto interétnico mexicano actual – Miguel Bartolomé (INAH – México)
 
– Debatedora: Alicia Barabas (INAH – México)


DIA 14 DE AGOSTO


9h: – Mesa 3
Moderador: Roque de Barros Laraia (Antropólogo, UnB)


EQUADOR
Luchas indígenas y poder político en el Ecuador: entre el reto del imaginario un nuevo orden estatal y la producción de discursos de la etnicidad como control del imaginario político – Armando Muyulema (Unión de Comunas de Canar / University of Wisconsin)
  
Del Estado pluricultural y multiétnico al Estado plurinacional e intercultural: la Asamblea Constituyente y los pueblos indígenas ecuatorianos – Fernando García (FLACSO – Ecuador);


PERU
Participación política campesina y construcción de la democracia en los andes sur peruanos: el caso de las rondas campesinas de la provincia de Carabaya – Fabrizio Arenas Barchi (Centro de Estudios Regionales Andinos “Bartolomé de las Casas” – Cusco);


14h30: – Mesa 4
Moderador: Marcela Coelho de Souza (Antropóloga, UnB)


BOLÍVIA


– Qhantataniwa. El gobierno de Evo Morales y el inicio de una Nueva Era para los pueblos indígenas del Qullasuyu – Angélica Sarzuri Gutierrez (Consejo Nacional de Ayllus y Markas del Qullasuyu);

– Los pueblos indígenas en Bolivia en la actual coyuntura política del país: Situación y perspectivas – Ricardo Calla (Universidad de la Cordillera);

– Debatedora: Marisol de la Cadena (University of California –Davis); 
 
DIA 15 DE AGOSTO


9h: – Mesa 5
Moderadora: Cristina Patriota de Moura (Antropóloga, UnB)


PARAGUAI
Tierras guaraníes e invasiones de campesinos y brasileños – Julio Martínez (Asociación Avá Guaraní del Alto Kanindeyú);
 
La nación guaraní en cuatro Estados – Bartolomeu Melià (Centro de Estudios Paraguayos Antonio Gasch);


– Debatedor: Miguel Bartolomé (INAH – México)


17:  – Lançamento do Observatório de Direitos Indígenas do Brasil
Coordenador: Gersem Baniwa.


SERVIÇO
O Simpósio Povos Indígenas e Poder Político na América Latina ocorre no auditório Dois Candangos da UnB (campus do Plano Piloto) entre os dias 13 e 15 de agosto. As inscrições ficam abertas até o dia 12 de agosto, na secretaria do Departamento de Antropologia (DAN) da UnB (ICC Centro, sobreloja, B1-347), das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30. A programação completa está disponível no site www.unb.br/ics/dan.


Haverá transmissão simultânea do encontro pela UnBTV (canal 6 da Net ou no site www.cpce.unb.br/unbtv).

Fonte: UnB
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