07/03/2008

CPT: Nota de apoio às mulheres da Via Campesina

 


 


 “A única luta que se perde é a que se abandona” – Hebe Bonafini, Madres de la Plaza de Mayo


 


 


A Comissão Pastoral da Terra (CPT) repudia a violenta repressão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul contra as mulheres e crianças participantes do protesto contra a multinacional Stora Enso, na última terça-feira, 4 de março, na fazenda Tarumã, município de Rosário do Sul (RS). As mulheres da Via Campesina protestam contra a permanência criminosa da empresa em uma área de faixa de fronteira, burlando, dessa forma, a Constituição Federal Brasileira. Além disso, o grupo denuncia as ações violentas do governo de Yeda Crusius, que põe o aparato policial do Estado a serviço do agronegócio e das corporações estrangeiras.


 


A CPT reforça a denúncia da Via Campesina desse ato violento contra os direitos humanos e cobra das autoridades punição exemplar contra os militares envolvidos nas agressões e maior fiscalização das ações destes no Estado. A CPT reconhece e defende o direito legítimo das organizações e movimentos sociais de se manifestarem e tentarem mostrar à sociedade brasileira, as ações criminosas contra o nosso povo, e contra a nossa soberania territorial e alimentar.


 


A CPT apóia as mulheres de norte a sul do país envolvidas na Jornada Nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina contra o Agronegócio e por Soberania Alimentar. Que as mulheres da Via Campesina, bem como todas as outras, se unam contra as várias violências praticadas contra elas e continuem na luta contra todos os males empreendidos pela expansão mortífera das monoculturas e do capitalismo em nosso país.


 


 


Coordenação Nacional da CPT


 


 Goiânia, 7 de março de 2008.

Fonte: CPT
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