30/05/2007

Série especial apresenta o cotidiano dos índígenas em quatro grandes cidades brasileiras

Série especial apresenta o cotidiano dos índígenas em quatro grandes cidades brasileiras. Reportagens examinam também a relação desses povos com o poder público*



  Viver na cidade grande não é abrir mão de ser indígena
As migrações não são apenas escolhas individuais. Elas fazem parte da própria dinâmica do contato entre as sociedades. Mas, se estas pessoas vieram para os centros urbanos, por que precisam de políticas públicas específicas?


Povos reivindicam políticas; Estado esboça respostas
Necessidade de pesquisas mais detalhadas sobre o contingente populacional, experiências de organizações que pressionam por direitos e lentidão das políticas públicas definem a presença dos indígenas nas cidades


   Índios reproduzem formas de organização no meio urbano
Sobrevivência na cidade passa pela construção de estratégias coletivas, em geral familiares. Com isso, grupos que vivem no ambiente urbano mantêm um dos principais traços dos povos indígenas, que são as relações de parentesco


 


  Entrevista: “Eu posso ser o que você é sem deixar de ser o que eu sou”
O cacique Enio de Oliveira Metelo explica como é a vida em Marçal de Souza, primeira aldeia urbana na cidade, localizada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O objetivo principal do Conselho de Caciques, do qual faz parte, é zelar pelos modos, costumes, língua, danças, alimentação e outras tradições indígenas


 


Experiências na área da educação mostram relevância da abordagem étnica
Pesquisadores destacam a importância da abordagem étnico pela escola pública, freqüentada pelas crianças indígenas cujos pais migraram para as cidades. E sobre como todas as crianças poderiam ganhar se as escolas trouxessem, para a sala de aula, a realidade indígena


 


Moradia ocupa posição de destaque entre problemas enfrentados por índíos
Aldeias urbanas, conflitos de posse em espaços na cidade, tentativas de incorporação a conjuntos habitacionais convencionais e disputa por áreas públicas nas zonas periféricas revelam a ampla gama de impasses no que diz respeito à moradia dos indígenas que vivem na cidade


 


Sem emprego formal, comércio de artesanato traz sustento na cidade
A Associação das Mulheres do Alto Rio Negro (Amarn) existe desde 1984 e, com o artesanato, conseguiu tirar do isolamento mulheres que foram trazidas para Manaus como empregadas domésticas, sem conhecidos na cidade, sem direito a folgas e, por vezes, sem direito a salários


 


  Colaboração entre indígenas e poder público viabiliza iniciativas na área de saúde
Grupos indígenas que migram para as cidades seguem lutando pelo atendimento diferenciado, mas a assessoria de comunicação da Funasa informa que a orientação geral é assistir apenas indígenas de aldeias reconhecidas pela Funai. Índios pedem também respeito à medicina tradicional


 


Textos de Priscila D. de Carvalho, especial para as Agências Repórter Brasil e Carta Maior


 


* O projeto que deu origem a este trabalho foi ganhador das Bolsas AVINA de Investigação Jornalística. A Fundação AVINA não assume responsabilidade pelos conceitos, opiniões e outros aspectos de seu conteúdo


 



 

Fonte: Agencias Reporter Brasil e Carta Maior
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