Debates sobre violência no campo e contra as mulheres marcam 10 anos do assassinato de Galdino
Articulados com as mobilizações que ocorrem em todo o país durante o mês de abril, os povos indígenas da Bahia se mobilizarão para discutir a situação da violência no campo e também a cultura indígena no estado.
No dia 21 de abril, em memória dos 10 anos do assassinato de Galdino Pataxó Hã-Hã-Hãe, ocorrerão atividades na aldeia Caramuru, próximo à Itabuna, no sul da Bahia. Pela manhã, haverá um encontro de mulheres indígenas e trabalhadoras do campo e da cidade, que discutirão a violência contra a mulher. À tarde, ocorrerão debates sobre terra e violência. Para finalizar o dia, haverá uma caminhada que sairá do lugar onde mora a família de Galdino e irá até seu túmulo. A caminhada do Martírio dos Pataxó Hã Hã Hãe lembrará outros mártires do povo, como João Cravim, irmão de Galdino, que foi assassinado em 1986 também na luta pela terra Hã Hã Hãe.
Os Tupinambá da Serra do Padeiro e os Pataxó de Monte Pascoal também participarão das atividades na aldeia Caramuru. Além deles, estarão presentes estudantes, integrantes de sindicatos, de comunidades eclesiais de base, de movimentos sociais da região, das pastorais sociais… As atividades são uma iniciativa da comunidade Hã Hã Hãe, com apoio do Cimi e da Comissão Pastoral da Terra.
Também faz parte das mobilizações no sul da Bahia, uma sessão especial na Câmara Municipal de Itabuna, no dia 20 de abril, solicitada pelo vereador Venceslau Júnior, que discutirá a problemática indígena na região. No dia 19 de abril, haverá palestras e visitas nas escolas.
Em Salvador, nos dias 16 e 17 de abril, representantes de diversos povos da Bahia e de entidades indigenistas (Cimi, Anaí…) participarão de um encontro na Secretaria Estadual de Cultura que discutirá a cultura indígena na Bahia. Também estarão presentes integrantes da Universidade Federal da Bahia.
Mais informações:
Alda (Cimi) – (73) 3212-1171 e 8804-4194
Eduardo (Cimi) – (73) 3212-1171 e 91477779