05/04/2006

Agressão do governo Aécio Neves contra manifestantes

O governo Aécio Neves montou uma operação de repressão, com uso da polícia militar, contra as mobilizações do I Encontro Mineiro dos Movimentos Sociais, em Belo Horizonte.
Hoje, 3 de abril, houve agressão física e intimidação psicológica dos policiais contra os manifestantes. O aparato policial, cerca de 100 policiais armados, agrediu com gás de pimenta e cassete os manifestantes, no centro de Belo Horizonte, quando tentaram impedir a passagem da  “Marcha: água e energia para a soberania do povo brasileiro”, que junto com outras marchas de movimentos ligados à Via Campesina, somaram 2.000 pessoas.
O Bispo Dom Luciano, os Deputados Estaduais Rogério Correia, Laudelino e Pe. João, o deputado federal César Medeiros, a Rede Nacional de Advogados Populares e outras lideranças presentes no momento interviram no conflito e evitaram a continuidade das violências.
Os policiais também tentaram impedir o encontro da marcha com os representantes dos movimentos sociais que desde quinta-feira estavam em GREVE DE FOME, pelo direito a manifestação.
Na sexta-feira 200 policias trancaram a marcha do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), na BR 040, por mais de uma hora. A Marcha do MAB saiu hoje cedo da COPASA (Companhia de
Saneamento de Minas Gerais). Cerca de 400 atingidos por barragens estavam acampados na empresa, num ato contra a privatização da mesma e denunciaram a falta de saneamento básico para o povo. Segundo Joceli Andrioli, da coordenação do MAB, muitas viaturas policiais acompanharam os atingidos durante toda a marcha, numa tentativa de intimidação.
O objetivo da marcha é protestar contra a política de privatização do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento) e pela redução na tarifa de energia elétrica. O BID é responsável por boa parte do financiamento das obras das empresas construtoras de barragens hidrelétricas, mineração e outros.

Fonte: Cimi Leste
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