MPF acusa Governador de Rondônia de participar de contrabando de diamantes da terra Cinta-Larga
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), na última sexta-feira (17), a abertura de inquérito contra o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), por participação em crimes relacionados à extração de diamantes na terra indígena Roosevelt, do povo Cinta-Larga. O STJ acusa Cassol de participar do esquema de extração ilegal de diamantes cometendo crime de responsabilidade, facilitação de contrabando e descaminho e prevaricação. O governador foi apontado por Marcos Glikas, principal suspeito de chefiar a quadrilha que envolveria funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), policiais civis e federais e contrabandistas de diamantes. Em seu depoimento Glikas afirma ter se reunido com a chefe de gabinete do governador, Leandra Fátima Vivian, para tratar de garimpo na terra indígena Roosevelt. Destas reuniões, Cassol teria participado pessoal de pelo menos uma das reuniões, como prova Glikas possuiria fotos que monstrariam o contato com o governador. Além de Glikas, o depoimento do índio Nacoça Pio Cinta-Larga ajuda a reforçar as suspeitas sobre Cassol. Nacoça teria sido convidado para uma reunião com o governador na qual foi proposta a melhoria das estradas que ligam as aldeias às cidades, a construção de escolas e a melhoria dos serviços médicos na aldeia em troca de 2% dos diamantes retirados.