Por Assessoria de Comunicação do Cimi

Mesmo durante a pandemia, a ganância avança sobre os territórios indígenas. Nesta segunda live com o tema “agressão aos direitos dos povos e da natureza”, aprofundaremos o debate sobre o artigo 231 da Constituição Federal, que reconhece a organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários dos indígenas sobre as terras que tradicionalmente ocupam. O evento on-line será realizado nesta quinta-feira (15), às 16h, via Youtube e Facebook do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com retransmissões de organizações parceiras.

Durante a roda de conversa, com duração de 1h30, ouviremos denúncias e histórias de resistência de quem sofre as violências, além de representantes de organizações sociais que atuam para conter a destruição causada pela investida da mineração, agronegócio e grilagem, aguçada pelo descaso do poder público. 

Situação alarmante
De Norte a Sul, o agronegócio e corporações transnacionais impõem seus interesses econômicos sobre as terras indígenas (TIs) e comunidades tradicionais. As denúncias são diárias.  Infelizmente, a barganha conquista aliados no poder público. Nas primeiras semanas de 2021, o governo Bolsonaro pediu ao presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), prioridade na votação do PL 191/2020, que libera a mineração e o garimpo dentro de terras indígenas.

Além disso, o PL abre caminho para projetos de petróleo e gás, construção de hidrelétricas, pecuária e plantio de sementes transgênicas. A lista de prioridades do governo federal inclui, ainda, o PL 3729/2004, que facilita o licenciamento ambiental e o PL 2633/2020, da “Regularização fundiária”, mais conhecido como PL da Grilagem.

Diante deste cenário, o Cimi avança ao lado dos povos indígenas e propõe esta roda de conversa, com o objetivo de aprofundar a reflexão sobre o assunto, além de somar esforços e traçar ações.