Por Assessoria de Comunicação do Cimi

As invasões de terras indígenas e a exploração ilegal de seus recursos naturais têm crescido de forma alarmante no país, conforme expõe o relatório “Violência Contra os Povos Indígenas”, publicado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

A edição mais recente da publicação, com dados do primeiro ano do governo Bolsonaro, mostra que em 2019 foram registrados 256 casos de invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio, em pelo menos 151 terras indígenas, de 143 diferentes povos, por todo o Brasil.

Os povos que vivem em Rondônia estão entre os mais afetados por este cenário devastador. Com o objetivo de analisar e traçar estratégias para conter esta onda de violações, o Cimi Regional Rondônia realizou uma roda de conversa on-line na quinta-feira (29). O evento foi transmitido pelo Facebook e Youtube do Cimi e veiculado por 30 organizações parceiras.

A irmã Laura Vicuña, missionária do Cimi, fez a mediação do debate, que contou com a participação de lideranças indígenas e representantes de organizações de apoio. “Até quando? Até quando matarão os indígenas para explorar as suas terras? Até quando o agronegócio, as mineradoras, os garimpeiros e os grileiros vão impor seus interesses econômicos sobre as terras indígenas (TIs) e comunidades tradicionais. Até quando colocarão o lucro acima da vida? Até quando a barganha das transnacionais conquistará aliados entre os que deveriam cuidar dos direitos dos povos indígenas e da natureza?”, questionou Laura, antes de passar a palavra aos debatedores.

CONFIRA quem esteve conosco:
Adriano Karipuna – liderança indígena
Hosana Puruborá – cacique da Aldeia Aperoi
José Luis Kassupá – coordenador da Organização dos Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas (Opiroma)
Jandira Keppi – advogada do Conselho de Missão entre Índios (Comin)

ASSISTA ao debate completo: