09/12/2020

Indígenas isolados que vivem em zonas de fronteira é tema da live do Cimi

Esta é a última roda de conversa sobre povos livres, de uma série de três, realizada pelo Cimi em parceria com a Ufam

Por Assessoria de Comunicação do Cimi

A terceira e última roda de conversa do Fórum Povos Indígenas em Isolamento Voluntário trará o tema dos povos transfronteiriços. O evento on-line será realizado nesta sexta-feira (11), às 10h, pelo Youtube e Facebook do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com retransmissões via organizações parceiras.

O objetivo do encontro é refletir sobre a presença de povos indígenas isolados em diferentes áreas de fronteiras nacionais, analisando situações críticas que demandam medidas binacionais urgentes para a proteção, especialmente os chamados “corredores transfronteiriços”, concebidos como áreas de resguardo para os grupos livres.

A live contará com as participações de Jiribati Koshipirinke, do povo Ashaninka; Beatriz Huertas, representante da Organização Regional de Povos Indígenas do Oriente; Federico Gerona Plá, da Equipe de Apoio aos Povos Indígenas Livres (Eapil) do Cimi; e Lino João, indigenista e antropólogo. A mediação ficará por conta de Luís Ventura, também da Eapil/Cimi.

Na avaliação de Lino João, é urgente a necessidade de estabelecer um sistema multilateral que tenha o objetivo de salvaguardar os territórios ocupados pelos povos isolados. “Esta é uma condição indispensável para a garantia da possibilidade de existência física e cultural destes povos”, pontua o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Luz à questão
O objetivo da série de lives é desenvolver uma abordagem informativa e propositiva, centrando a análise sobre a situação dos povos em isolamento voluntários localizados na América do Sul, principalmente na Amazônia. A primeira edição trouxe um panorama sobre a situação dos povos livres na Região e o segundo encontro levantou a importância da proteção territorial destes grupos.

De acordo com o relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), existem 116 registros de povos isolados ou livres, dos quais 88 ainda não foram confirmados pelo Estado brasileiro – o que de maneira nenhuma descarta a sua existência. Com a Constituição Federal de 1988, o Brasil institucionalizou a política de não contato e de respeito à autonomia destes povos, em consonância com diretrizes internacionais de direitos humanos. Garantir estes direitos, contudo, é um desafio constante.

Você pode assistir às lives anteriores aqui.

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