Mais de 45 lideranças indígenas dos povos Xerente e Krahô do Tocantins, estão Brasília para denunciar as invasões constantes dos territórios, a implantação de megaprojetos de infraestrutura, a destruição da floresta, o desmatamento e a venda ilegal da madeira nos territórios. A defesa da defesa da floresta e de quem vive nela, também faz parte da pauta da delegação.

Hoje (04), às 14 horas as lideranças irão realizar um ato em frente aos Supremo Tribunal Federal (STF), onde denunciam o marco temporal. Essa tese, defendida pelos ruralistas, é inconstitucional e tem como único objetivo legalizar crimes violentos cometidos contra os povos indígenas. “Somos contra esse marco temporal, porque nós sabemos quanto é doído perder suas terras originárias. Reconhecer o marco temporal é acabar com as terras indígenas”, afirma a delegação.

“Somos contra esse marco temporal, porque nós sabemos quanto é doído perder suas terras originárias. Reconhecer o marco temporal é acabar com as terras indígenas”

Na ocasião as lideranças também irão realizar a entrega aos Ministros do Supremo uma manifestação dos povos Xerente e Krahô no caso de repercussão geral da Suprema Corte que pode definir o futuro de todas as terras indígenas no Brasil. No limite, o que está em jogo no caso de repercussão geral é o reconhecimento ou a negação do direito mais fundamental aos povos indígenas: o direito à terra.

Em defesa de seus direitos tradicionais a delegação permanece durante toda a semana na Capital Federal, onde buscam discutir, em especial, com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ministério Público Federal (MPF), e demais órgão ligados aos direitos humanos sobre a situação em que se encontram os povos Xerente e Kahô no Tocantins.

Serviços:
O quê: Ato dos povos Xerente e Krahô em frente ao STF
Quando: hoje, 04.12.2019
Horário: às 14h
Local: em frente ao STF/Brasília

Mais informações:
Adi Spezia: 61 99641-6256