25/03/2019

Nota de pesar: vá em paz, Jaúka

Com um incomensurável vazio comunicamos a Páscoa, no dia 22 de março, de Thomaz de Aquino Lisboa, um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário

Thomaz Lisboa, ou Jaúka, como é chamado pelos Mÿky, segura a foto de seu grande amigo Vicente Cañas. Foto: Guilherme Cavalli/Cimi

Thomaz Lisboa, ou Jaúka, como é chamado pelos Mÿky, segura a foto de seu grande amigo Vicente Cañas. Foto: Guilherme Cavalli/Cimi

Com um incomensurável vazio comunicamos a Páscoa, no dia 22 de março, de Thomaz de Aquino Lisboa, um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário.

Jaúka, como é chamado entre os Myky, povo que o adotou desde a década de 1970, foi um dos precursores do processo de “encarnação” do indigenismo, quando abandonando os internatos, os missionários e missionárias mergulharam na vida e dinâmica dos povos.

Incansável defensor dos povos indígenas, Jaúka entregou sua vida na defesa dos direitos territoriais destes povos.

Que a família de Jaúka sinta-se abraçada por todos e todas nós.

Vá em paz Jaúka. Descanse seus joelhos cansados; celebre agora com seu grande amigo Vicente, com Dom Tomás, com Ezequiel, com Rodolfo, com Simão, com Ir. Cleuza e outras tantas e outros tantos a Páscoa dos que nos precederam no amor aos povos.

Encosta teu remo, aporta tua canoa nas margens do Papagaio ou do Juruena; põe teu xirete, pinta-te com o jenipapo e com o urucum e te adorna com os colares e brincos de tucum. Agora é festa. Já não há mais dor. Só o colo divino e aconchegante, cheirando a beiju e fumaça, na Grande Casa do Pai.

Conselho Indigenista Missionário – 22 de março de 2019

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