Os Tupinambá de Olivença reivindicam segurança para o povo durante demarcação de seu território
Segundo um dos caciques do povo, Ramon Souza Santos, depois da publicação do relatório de identificação da terra no dia 17 de abril de 2009, os Tupinambá passaram a sofrer todo tipo de ameaças e agressões das elites políticas e econômicas de sul da Bahia. Os cerca de 3 mil Tupinambá de Olivença vivem distribuídos pelos Os indígenas vieram a Brasília para pedir cumprimento do processo de demarcação e proteção à integridade física das lideranças do povo. “Antes de reivindicarmos nosso território, éramos bem aceitos pelas empresas e fazendas da região. Muitos índios até trabalham para as pessoas que não querem que nossa área seja demarcada. Depois do relatório, começaram a ameaçar e também a tentar comprar os parentes para dizer que não são Tupinambá. Dizem que vão tirar o emprego, que para a maioria das pessoas não tem nenhum direito trabalhista.”, explica o cacique Ramon Santos. Proteção contra violência Ontem (11/8), a Comissão de Caciques esteve em reunião com o Procurador Geral da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Salmeirão. Na oportunidade, as lideranças reivindicaram que a Funai dê melhor assistência jurídica para os povos da região de Ilhéus. Os Tupinambá destacaram que enfrentam graves problemas, como os processos relacionados às violências que o povo vem sofrendo, praticadas, principalmente, pela Polícia Federal. O Ministério da Justiça trocou, recentemente, o superintendente da PF Na reunião, Salmeirão ressaltou que em outubro será instalada a Procuradoria Seccional Federal Também participaram das reuniões a cacique Ilsa Rodrigues e o vice-cacique Reginaldo do povo Pataxó Hã Hã Hãe, do sul da Bahia, que expuseram as agressões que o povo sofre.