Reencontro com os antepassados
No dia 21 de abril de 2009 93 índios Tembé das aldeias Jeju e Areal, de Santa Maria do Pará, fizeram um ato simbólico no local em que foram sepultados os antepassados. Hoje, o local é conhecido como vila do Limão, distante 12 km do trevo que liga duas BRs (316 e 010) já no município de Igarapé-Açu e fica dentro de uma propriedade particular. Saíram da aldeia todos os parentes com muita expectativa e curiosos com este reencontro com os antepassados.
Pararam para fazer as pinturas e depois um ritual de cânticos Então entraram mata adentro. O local onde foram sepultados nossos antepassados está hoje coberto por uma capoeira, pois desde meados do século passado que não se faz mais sepultamento no local. Mas ainda é possível encontrar o Jirau onde os corpos dos indígenas que iam ser sepultados eram deixados para receber os rituais fúnebres.
O cacique Miguel, da aldeia Areal, saudou os antepassados em língua Tembé e depois explicou para os demais que estavam no local que fez isso por que os antepassados não iam entender se falasse em português. O reencontro com os antepassados era aguardado há muito tempo. Miguel Arcanjo Tupanas leu nomes de parentes enterrados no antigo cemitério. Ele contou também que muitos dos parentes estavam lá naquele momento.
Os indígenas sabem que os antepassados apóiam a luta e isso dá força pra jamais desistir de lutar. O dia foi escolhido para o reencontro com os antepassados por causa da semana dedicada aos povos indígenas. Para mostrar a luta para os mais jovens da aldeia e que eles não venham a esquecer deste ato em que muitos parentes lembraram dos seus entes queridos ali enterrados e sabem de uma coisa: Que todo dia é dia de Tembé.
Alan Tembé
No dia 21 de abril de 2009 93 índios Tembé das aldeias Jeju e Areal, de Santa Maria do Pará, fizeram um ato simbólico no local em que foram sepultados os antepassados. Hoje, o local é conhecido como vila do Limão, distante
Pararam para fazer as pinturas e depois um ritual de cânticos Então entraram mata adentro. O local onde foram sepultados nossos antepassados está hoje coberto por uma capoeira, pois desde meados do século passado que não se faz mais sepultamento no local. Mas ainda é possível encontrar o Jirau onde os corpos dos indígenas que iam ser sepultados eram deixados para receber os rituais fúnebres.
O cacique Miguel, da aldeia Areal, saudou os antepassados
Os indígenas sabem que os antepassados apóiam a luta e isso dá força pra jamais desistir de lutar. O dia foi escolhido para o reencontro com os antepassados por causa da semana dedicada aos povos indígenas. Para mostrar a luta para os mais jovens da aldeia e que eles não venham a esquecer deste ato em que muitos parentes lembraram dos seus entes queridos ali enterrados e sabem de uma coisa: Que todo dia é dia de Tembé.
Alan Tembé