13/11/2008

Novo documento pode mudar investigação sobre morte de Dorothy Stang

 


 


As freiras Rebeca Spires e Julia Depweg apresentaram na última sexta-feira (7/11), à mídia nacional, um documento que pode mudar os rumos da investigação sobre a morte de Dorothy Stang. A missionária estadunidense foi morta em 2004, no município de Anapu, localizado no Pará. Tudo indica que os fazendeiros da região armaram uma emboscada para matar a religiosa que defendia o direito de famílias sem-terra da região.


 


O documento apresentado pelas freiras, que trabalharam durante três décadas com a missionária, mostra que o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser o principal mandante do crime, procurou o escritório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Altamira (PA), no último dia 28, para doar parte do lote onde Dorothy foi morta. O fazendeiro afirma no documento que a propriedade não estava mais em seu nome.


 


Regivaldo afirma que o lote pertence à Bida, pistoleiro que confessou ter assassinado Dorothy. Na época em que foi preso, Bida afirmou que o mandante do crime tinha sido Regivaldo Pereira. No entanto, meses depois, quando já estava preso, Bida mudou seu depoimento dizendo que tinha matado Dorothy por vontade própria, porque ele mantinha o controle de um lote que era ocupado por famílias da região, ligadas à missionária Dorothy.


 


O documento indicaria que Regivaldo Pereira mantinha o controle do lote e, portanto, teria motivos para encomendar o assassinato da missionária.


 


De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.

Fonte: Radioagência NP
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