20/10/2008

Manifestação pela soberania alimentar e energética e contra a criminalização da pobreza

O ato reuniu, segundo informações da polícia, 400 pessoas, e percorreu da Praça Sete até a CEMIG.


Como forma de exigir melhores condições de vida, o direito a uma alimentação saudável, o direito a uma energia barata, soberania e a erradicação da pobreza, diversos movimentos sociais, organizados na Assembléia Popular, na Marcha Mundial de Mulheres e na Via Campesina, realizaram hoje passeata que saiu da Praça Sete, passou pela Secretaria de Defesa Social, Prefeitura, Tribunal de Justiça e Cemig.


A primeira parada foi na Secretaria de Defesa Social e visava denunciar a ineficácia e inoperância da Secretaria. Os manifestantes denunciaram na porta, através de discursos e cartazes, o não atendimento das famílias de pessoas em privação de liberdade. Que deveria se alvo de política da secretaria.


Num segundo momento, os manifestantes denunciaram o déficit habitacional, que atingiu número recorde esse ano. As moradoras da ocupação urbana denominada Camilo Torres, do bairro Jatobá, exigiram a desapropriação do terreno que ocupam desde 2007. Os moradores do Bairro Jardim Felicidade, reivindicaram o recebimento dos títulos de suas casas, um direito já reconhecido e prometido a mais de 20 anos pela Prefeitura.


Na passagem pelo Tribunal de Justiça os movimentos sociais cobraram a punição dos assassinos dos 5 sem terra na chacina ocorrida em 2005 na cidade de Felizburgo. Foi lembrado ainda a situação das 2.000 mulheres que estão sendo indiciadas pela justiça do Mato Grosso do Sul por terem feito aborto. A criminalização da pobreza e dos movimentos sociais também foi abordado pelo manifestantes, que traziam cartazes, faixas e panfletos sobre o assunto. A manifestação só saiu do local após o protocolo de uma carta com todas essas denúncias.


A manifestação terminou na porta da Cemig com o protocolo de centenas de auto declarações solicitando a Tarifa Social, regulamentação do governo federal que não vem sendo cumprida pela Cemig. As auto declarações foram protocoladas e houve o comprometimento por parte da Cemig de atender ao cadastramento das famílias. Mesmo debaixo de muita chuva, não foi permitido aos participantes da passeata a entrada na Cemig, ainda assim, esses não arredaram o pé, enquanto não tiveram suas reivindicações atendidas.


Mais informações com Bernadete Monteiro – 9959 2658.

Fonte: Assembléia Popular
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