15/08/2007

MinC, SESC e Associação Guarani Tenonde Porã lançam livro do Prêmio Culturas Indígenas 2006

São Paulo (SP) – O Ministério da Cultura, o SESC SP e a Associação Guarani Tenonde Porã promovem, no dia 15 de agosto, no Sesc Vila Mariana, a cerimônia de entrega de certificados de premiação para as 82 propostas selecionadas no Prêmio Culturas Indígenas 2006 – Edição Ângelo Cretã. Durante a cerimônia acontece o lançamento da Publicação homônima, que retrata, em mais de 300 páginas com textos, fotos, mapas e quadros estatísticos, as 467 iniciativas inscritas na primeira edição. Na ocasião, o MinC anuncia a Campanha Nacional de Valorização da Cultura dos Povos Indígenas que está sendo desenvolvida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.


 


Estarão presentes ao evento de premiação cerca de 150 lideranças indígenas de todas as regiões do Brasil com destaque para os 82 representantes das iniciativas selecionadas em 2006. Está confirmada a presença do Ministro da Cultura Gilberto Gil. Dando continuidade ao lançamento da publicação e premiação, acontece no SESC, de 16 a 19 de agosto, mostra cultural indígena, aberta ao público, com rodas de histórias, debates, música e oficinas de artesanato.  O SESC Vila Mariana está na R. Pelotas, 141.


 


Campanha – O Prêmio Culturas Indígenas foi criado no ano passado pelo MinC para incentivar iniciativas de fortalecimento cultural das comunidades indígenas do Brasil. Patrocinado pela PETROBRAS através da Lei Rouanet, o Prêmio foi executado pela Associação Guarani Tenonde Porã em parceria com a Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) e homenageia postumamente na primeira edição o cacique Ângelo Cretã, líder dos Kaingang (PR).


 


A parceria entre o SESC SP, o Ministério da Cultura e a Associação Guarani Tenonde Porã dá seqüência a uma série de ações desenvolvidas pela instituição na valorização e revitalização das culturas indígenas, como, por exemplo, as apresentações da tribo Xavante na Temporada SESC Outono 97, a participação de representantes e encontro de lideranças durante o Fórum Cultural Mundial (2004), os espetáculos, oficinas, livro e disco Ponte entre Povos, organizados por Marlui Miranda, com a participação de diversos povos, a exposição, oficinas e o livro Jogos e Brincadeiras do Povo Kalapalo.


 


Para o diretor regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, a parceria “reafirma o compromisso da instituição para a construção de uma sociedade mais justa e digna, por meio de uma ação cultural cidadã e educativa, divulgando a riqueza cultural indígena em interlocução com os seus principais representantes, em respeito às identidades e às suas tradições. Riqueza que ora se apresenta em propostas sobre a transmissão de conhecimentos sobre os poderes curativos das plantas, a culinária e a música, e para a permanência das várias línguas nativas, entre outras.”


 


Diversidade – Existem no Brasil cerca de 225 povos indígenas que falam 180 línguas distintas. O Prêmio Culturas Indígenas 2006 mobilizou comunidades de 85 povos. Para Timóteo Vera Popygua, cacique da Aldeia Tenonde Porá (SP), a mostra indígena no Sesc será uma experiência muito importante para as comunidades. “Teremos contato com muitas lideranças indígenas de todo o Brasil, conheceremos de perto a realidade de outros povos indígenas e poderemos sentir que as culturas indígenas em todo o Brasil estão vivas, que cada povo está lutando para manter sua forma própria de viver a vida”, conclui.


 


INFORMAÇÕES À IMPRENSA


ECOAR – Escritório de Comunicação e Artes


Informações com Railídia Carvalho


Tel/Fax: (11)  3571 6489 / 9208 7042


E-mail: [email protected]


SESC Vila Mariana


Informações com Marimar Chimenes Gil


Tel: (11) 5080 3042


[email protected]


 


Dia 15/08, quarta


20h30 às 22h


Cerimônia de Premiação e Lançamento da Publicação do Prêmio Culturas Indígenas 2006 – Edição Ângelo Creta


Teatro


 


Dia 16/08, quinta


14h30 às 15h30


Roda de História Pataxó


Povo: Pataxó  (MG)


Contação das histórias tradicionais desse povo como “Origem do povo Pataxó” e “O machado, a Abelha e o Rio” , sobre a origem das plantas,  e a “Hamãy, a Protetora dos Animais”


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


14h30 às 16h30


Roda de debate: Terras Indígenas


Povos: Xukuru (PE) e Kaingang (PR, SC e RS)


Serão discutidos temas como preservação dos direitos e dos territórios dos povos indígenas, demarcação de terras e situação de comunidades em áreas urbanas. A roda será coordenada pelas lideranças representantes do povo Kaingang e do povo Xukuru, respectivamente homenageados nas edições 2006 e 2007 do Prêmio Culturas Indígenas, enfocando a história de Ângelo Cretã e Xicão Xukuru, que deram a vida por esta luta.


Sala 1, 5o andar – Torre A


 


17h às 18h


Intercâmbio Cultural: Leitura encenada do texto Mandaru no Reino de Ororubá


Povo Xukuru (PE)


Apresentada em uma roda de histórias, a ação intercala cenas da ficção e da realidade do movimento de etnogênese e ressurgência étnica entre os povos indígenas no Nordeste do Brasil e depoimentos de lideranças do movimento indígenas nesta região. O grupo é composto de vinte jovens das aldeias Cimbres, Cajueira, Pé de Serra e Pão de Açúcar. Município de Pesqueira/PE


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


18h às 20h


Roda de Debate: Registros da Cultura


Povos: Pankararé (BA), Yawalapiti (MT), Pankará (PE), Guarani Mbya (RS), Karitiana (RO) e Macuxi (RR)


Discussão sobre o registro da cultura indígena por meio de recursos audiovisuais e textos escritos, sobre museus e espaços destinados à documentação e como essas novas realidades são assimiladas pelas comunidades.


Sala 1, 5o andar – Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


18h às 20h


Roda de debate: Medicina Tradicional


Povos: Yawanawá (AC), Wassu Cocal (AL), Baniwa (AM), Xacriabá (MG), Irantxe (MT), Jupaú (RO), Kaingang (RS e SC) e Guarani (SP)


Discussão sobre a manutenção e a revitalização das práticas de cura tradicionais indígenas, e o valor desse conhecimento ancestral vinculado à espiritualidade e à relação com a natureza. A influência e a interferência da medicina dos não índios e o debate sobre os direitos dos povos indígenas sobre os seus conhecimentos tradicionais. 


Sala 2, 5o andar – Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


Dia 17/08, sexta

14h30 às 15h30


Roda de Histórias Tapiraré (MT)


Contação das histórias tradicionais desse povo como “Gavião Real” e a “História da Origem do Povo Tapiraré”.


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


 14h30 às 16h30


Roda de debate: Artesanato Indígena


Povos: Tremembé (CE), Terena (MS), Guarani Kaiowá (MS), Kaiabi (MT), Umutina (MT), Kambiwá (PE), Xokleng (SC), povos do Rio Negro (AM), povos


do Oiapoque (AP).


Discussão sobre o lugar do artesanato e do processo de produção artesanal nas tradições culturais e as mudanças decorrentes de sua transformação em mercadoria voltada para mercados externos às comunidades indígenas, e a relação entre artesanato e arte indígena.


Sala1, 5o andar, Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


14h30 às 16h30


Roda de debate: Religiões Indígenas


Povos: Yawanawá (AC), Yanomami (AM), Tapeba (CE), Nambikwara (MT), Kaiabi (MT), Bakairi (MT), Yudja (MT), Tembé Tenetehara (PA), Guarani Mbya (RJ) e Paiter Suruí (RO).


Discussão sobre a manutenção e o fortalecimento das religiões indígenas, apresentando as diferentes visões de mundo de cada povo e a relação com o processo de constituição de suas identidades.


Sala 2, 5o andar, Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


17h às 18h


Intercâmbio Cultural: Apresentação do Povo Terena (SP)


Dança do Bate-pau e Dança da Chuva


Na cultura Terena significa dança do Kipaé ( Dança da ema), apresentada por dois grupos que dançam ao som do tambor e da flauta tradicional feita de madeira. Esta dança é apresentada desde os seus antepassados, devido à conflitos que existiam nas aldeias, em defesa das suas terras que eram constantemente invadidas. Quando havia vitórias os terenas dançavam em comemoração.


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


18h às 20h


Roda de debate: Transmissão de conhecimento, oralidade e educação indígena


Povos: Xucuru-Kariri (AL), Pataxó Hã-hã-hãe (BA), Guarani Mbya (ES), Pataxó (MG), Caxixó (MG), Tapirapé (MT), Kurã-Bakairi (MT), Tembé Tenetehara (PA), Potiguara (PB) e Guarani Nhandeva (PR).


Discussão sobre as formas tradicionais indígenas de transmissão de conhecimento e as conseqüências da relação entre essas e a educação formal diferenciada. Também poderá ser discutida a influência da educação escolar não indígena na formação da identidade dos jovens indígenas.


Sala 1, 5o andar – Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


18h às 20h


Roda de debate: Músicas, Cantos e Danças Indígenas


Povos: Kaxinawá (AC), Satere Mawê (AM), Ticuna (AM), Pitaguary (CE), Krikati (MA), Kamaiurá (MT), Bóe-Bororo (MT), Kuikuro (MT), Potiguara (PB) e Macuxi (RR).


Discussão sobre os cantos e as danças indígenas, sua relação com os rituais e as práticas religiosas e também como se dá o processo de “espetacularização” destas expressões culturais quando essas apresentações são realizadas fora das comunidades.


Sala 2, 5o andar – Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


Dia 18/08, sábado


 10h às 12h


Roda de debate: Modos Indígenas de Relação com a Natureza


Povos: Karapotó(AL), povos do Rio Negro (AM), Arara do Rio Branco (MT),


Xavante (MT), Paresí (MT), Kaingang (PR), Guarani Mbya (SP) e Krahô (TO).


Sala 3, 6o andar, Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


 10h às 12h


Roda de debate: Línguas Indigenas 


Povos: Kaxinawá (AC), Tuyuka (AM), Tariana (AM), Mebêngôkre Metyktire (MT), Potiguara (PB), Fulni-ô (PE), Xukuru do Ororubá (PE) e Guarani Mbya (RJ)


Sala 4, 6o andar, Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


 12h às 13h


Roda de Histórias Fulni-ô (PE)


Contação das histórias tradicionais desse povo como “A invasão do Homem Branco”, “O coronel sem Divisa”, e “O Índio da Imagem do Rio”, entre outras curiosidades acerca da cultura Fulni-ô


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


 13h30 às 15h30


Oficina de Artesanato


Povos: Kambiwá (PE), Kaingang (RS) e Xukuru (AL)


Confecção de bijuterias feitas de sementes, chaveiros em madeira e vasinhos de cipó.


Sala 3, 6o andar, Torre A


Grátis. 20 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


 15h30 às 16h


Banda Wiwirutcha (Povo Tikuna – AM)


A banda surgiu em agosto de 2001 para resgatar as músicas tradicionais do povo Ticuna, desenvolvendo e fortalecendo o conhecimento dos antepassados como músicas, piadas, histórias, costumes, tradições e modo de viver. Eles mostram a importância das crianças cantarem as músicas em língua ticuna e em português.


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


Dia 19/08, domingo

12h às 12h30


Toré do Povo Pankararu (SP)


Os ritos denominados Toré são praticados por diversos grupos indígenas no Nordeste. Na apresentação, dançam o Toré de caráter mais lúdico e político.


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


12h30 às 13h30


Roda de Histórias Guarani (SC,SP) e Suruí (RO)


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


 


14h às 16h


Oficina de Artesanato


Povos: Guarani Mbya (ES), Umutina (MT) e Tapeba (CE)


Trabalho feito com bucha vegetal e confecção de bijuterias de sementes e fibras naturais.


Sala 3, 6o andar – Torre A


Grátis. 50 vagas. Retirada de senhas com 1h de antecedência.


 


15h30 às 16h


Coral Guarani e Dança do Xondaro (SP)


Povo: Guarani – SP


A música guarani possui uma tradição milenar e integra sua concepção religiosa do mundo. Através do canto e da palavra o povo Guarani se comunica com os Deuses.


O Xondaro é uma arte marcial do povo Guarani em que eles buscam o equilíbrio físico e espiritual. É uma dança praticada em roda, coordenada por um mestre, e praticada pelos Guarani desde a primeira infância.


Praça de Eventos (capacidade: 300 pessoas)


Grátis


  


Acesso para pessoas com deficiência


Estacionamento: a partir de R$ 5,00


 


SESC Vila Mariana


Rua Pelotas, 141


Informações ao público: 5080-3000


www.sescsp.org.br

Fonte: Sesc SP
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