17/05/2007

Assassino de Irmã Dorothy é condenado a 30 anos de prisão

Terminou terça-feira (15), o julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida. Ele foi considerado culpado pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang e foi condenado a 30 anos de prisão. O júri popular acolheu por 5 a 2 a tese da acusação e, pelo mesmo número de votos, recusou a tese da defesa de que o acusado não tinha motivos para matar a vítima.


 


Também por 5 a 2, o júri acatou a 1a. qualificadora de que o crime foi cometido mediante promessa de recompensa. A segunda qualificadora, de que o crime foi cometido sem que a vítima tivesse chance de se proteger, foi aceita por 6 dos cinco jurados. Por 7 a 0, acatou-se a qualificadora de que o crime foi cometido contra maior de 60 anos – irmã Dorothy tinha 72 anos à época e, também, por 7 a 0 o juro rejeitou a existência de atenuantes.


 


O juiz partiu da pena base de 29 anos, mais um ano pelas qualificadoras. O total é 30 anos é a pena máxima permitida no Brasil para esse tipo de crime. Segundo o advogado assistente da defesa, Aton Fon Filho, “a sentença é uma grande vitória. Todos estão contentes com a decisão”. Mas como a pena é maior que 20 anos, haverá um novo julgamento, no qual o réu pode, inclusive, ser considerado inocente.


 


A decisão está sendo comemorada por centenas de agricultores e representantes dos mais variados movimentos sociais que, desde o último domingo, montaram uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça, para acompanhar o julgamento. De acordo com o Comitê Dorothy, que organizou a vigília, no momento mais de 1.000 pessoas estão no local, onde celebram, com orações e palavras de ordem, a decisão judicial.


 


Desde que começou a mobilizar os agricultores de Anapu sobre projetos de desenvolvimento sustentável, a missionária Dorothy Stang foi ameaçada pelos fazendeiros da região. Seu assassinato aconteceu em fevereiro de 2005. Ela foi morta com seis tiros.






Fonte: Adital
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