Consórcio foz do Chapecó desloca mais de 100 policiais para despejar aposentada de 64 anos
Mais de 100 policiais foram deslocados hoje, dia 14 de dezembro para despejar dona Clementina de Brito de 64 anos. Dona Clementina reside
Senhoras e senhores esse é o progresso que os doutores de gravatas e de bons trajes, de boa fala, vindos não sei da onde trazem. Destruição, tristeza. Dona Clementina em suas palavras ressalta “quero minha casa e minha terra, eu quero sossego”.
Em uma região onde reinava a paz a tranqüilidade, hoje reina a discórdia, a terra arrasada. Cenas que mais parece uma paisagem pós-guerra. Casas destruídas, queimadas, animais abandonados, estranhos perambulando pelas ruas, pessoas que perderam a noção do tempo e de lugar. Esse é o progresso que os doutores barrageiros estão trazendo.
As vozes das pessoas que nasceram as margens do Rio Uruguai, hoje se calam com tanta violência. O que parecia algo próspero, transformou-se de preocupação em pesadelo.
A solidariedade e a resistência das famílias, que estavam de vigília na hora da chegada da tropa, permitiram que pelo menos, mais uma noite dona Clementina possa dormir em sua casa. Quem sabe comemorar o natal e seu aniversário do dia 26 dezembro, em sua casa onde mora há 26 anos. Não podemos nos calar com tanta injustiça. Águas para vida e não para Morte.
Pela Coordenação do MAB
MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS – MAB
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