Adiada audiência das testemunhas de acusação do caso de mortes em Passo Piraju
Foi adiada para a próxima sexta-feira, 21 de julho, a audiência que ouviria as primeiras testemunhas de acusação do caso da morte de dois policias na aldeia Passo Piraju, no Mato Grosso do Sul, em 1º de abril.
A juíza Therezinha Thomaz teve de cancelar a sessão, pois os nove indígenas acusados de participarem do crime não haviam sido intimados a comparecer à 1ª Vara Criminal de Dourados na tarde de hoje para ouvir os depoimentos, segundo informaram os advogados da defesa Michael Mary Nolan e Rogério Batalha.
Hoje, iria depor Émerson José Gadani, o policial que testemunhou a morte dos policiais. Também prestariam depoimento: a delegada Magali Cordeiro e os policiais Winston Garcia e Oduvaldo de Oliveira que participaram da ação policial que prendeu os nove indígenas acusados pelo crime.
Nos depoimentos prestados nos dias 26 de abril e 2 de junho, sete indígenas afirmaram sua inocência. Apenas dois acusados assumiram participar do assassinato, mas explicaram que agiram em legítima defesa.
Histórico
No dia 1º de abril, policias em um Parati preto entraram na aldeia Passo Piraju atirando para o alto. Três Guarani foram esperar o carro fora da aldeia, para saber a razão dos disparos. Ao se aproximarem, os policiais teriam atirado contra os indígenas e por isso eles reagiram.
Os policias vestiam short e camiseta, por isso, foram confundidos com jagunços de fazendeiros.
Os nove indígenas acusados continuam presos na penitenciária de segurança máxima Harry Amorim Costa, em Dourados.