Mapuche presos retomam greve de fome no Chile
Os quatro presos políticos mapuche decidiram retomar a greve de fome, por causa da lentidão do Congresso chileno para aprovar uma lei que conceda liberdade aos condenados com base na Lei Anti-Terrorista. Pelo acordo que havia feito a greve encerrar no dia 14 de maio, o parlamento revisaria com urgência a legislação antiterror do país até o dia 17 deste mês. A informação foi passada à imprensa pelo mapuche Juan Curinao, da comunidade Huañaco Millao, que atuou como porta-voz. Desde o dia 18, os presos decidiram reassumir a mobilização, interrompida com a assinatura da ata de compromisso, onde atuaram como garantidores os senadores Jaime Naranjo, Alejandro Navarro e o bispo de Temuco, Monsenhor Manuel Camilo Vial. Os presos não acreditam que o governo tenha vontade política para solucionar a questão dos Mapuche. Curinao informou que o projeto “passou pela primeira comissão de direitos humanos, mas não passou ao poder legislativo. O projeto de lei foi levado aos presos e eles não o aprovaram porque não é assim, porque eles saem como presos, mas tem que renunciar à violência, sendo que eles não cometeram violência”. Violência no México O governo mexicano também tem agido com extrema violência com manifestantes dos setores populares. Um adolescente de 14 anos morreu, 203 pessoas foram presas e centenas ficaram feridas após confrontos entre a polícia e vendedores ambulantes de flores, nos dias 3 e 4 de maio. Os floristas protestavam contra a proibição de venderem seus produtos em um mercado de Atenco, onde já trabalham por mais de 20 anos. Segundo investigação do Centro de Direitos Humanos Miguel Agustín Pro Juarez, o Estado Mexicano violou uma série de direitos nesta ação. Além do uso de força policial excessiva, cerca de 4000 policiais contra 300 manifestantes, há denúncias de agressão aos presos e de abuso sexual contra as mulheres detidas. Organizações mexicanas e de outros países estão programando ações de protesto para o dia 28 deste mês. O México é membro-fundador do Conselho de Direitos Humanos da ONU.