07/06/2005

Orçamento público, educação e movimento indígena são debatidos hoje por povos reunidos em Assembléia na Paraíba

As atividades da VI Assembléia da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo começaram na manhã desta terça-feira (dia 7) com um ritual dos povos de Minas Gerais e com um canto dos professores Xukuru.


 


Participam da Assembléia 250 delegados representando 42 povos indígenas de oito estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, além de representantes de entidades de apoio e de órgãos governamentais como a Funai e o Ministério da Educação (MEC).


 


Pela manhã, serão concluídos os debates em grupos, relacionando a questão da terra com educação indígena, saúde, produção e segurança alimentar, meio ambiente e gênero.


 


Kleber Gesteira, Coordenador de Educação Escolar Indígena do MEC, Helena de Biaisi, representante da área de educação da Funai em Brasília e Dulce Magalhães, Coordenadora de Educação Escolar Indígena na Paraíba estão presentes na Assembléia. Eles responderão aos questionamentos dos indígenas na área de educação.


 


Neste segundo dia da Assembléia, estará na pauta também o orçamento público e a participação indígena em sua definição e aplicação. O debate será coordenado por Ricardo Verdun, do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Para os indígenas, o conhecimento do orçamento possibilitará maior controle social sobre as verbas. “Sabemos que há verbas para os povos indígenas que chegam, por exemplo, para os municípios, com destino para a educação, para o setor produtivo, para o meio ambiente. Precisamos criar formas de tornar públicos os recursos que o governo tem disponíveis para os povos indígenas. Com o conhecimento, será possível fiscalizar as verbas”, afirma Capitão Potiguara.


 


A tarde de terça-feira tem como tema “Um olhar sobre o Movimento Indígena”. O debate se inicia com um grande painel de apresentação das experiências do movimento indígena, entre elas o Conselho dos Povos de Minas, a Associação Indígena Tupinikim/Guarani, do Espírito Santo, a Frente de Luta e  Resistência Pataxó, da Bahia, a Organização dos Povos Indígenas do Ceará e a Coordenação das Organizações e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão.


 


Também apresentarão suas experiências a Organização das Mulheres Xukuru-Kariri, de Alagoas e as associações de professores de Pernambuco e dos Potiguara, que vivem na Paraíba.


 


Quarta-feira


 


A quarta-feira será iniciada com falas sobre a história da Apoinme, criada há 15 anos. Em grupos, os indígenas debaterão “como fortalecer e articular regionalmente o movimento indígena e como garantir uma articulação permanente em nível nacional”.


 


Durante a tarde, haverá a comemoração dos 15 anos da Articulação.


 


Contatos:


Priscila D. Carvalho – Assessoria de Imprensa – Cimi


(83) 3296 1151/ (61) 9979 6912


Caboquinho Potiguara – cacique do povo Potiguara, coordenador da Apoinme


(83) 9114 5049


 


Povos presentes na Assembléia da Apoinme


PE – Xukuru, Atikum, Pankararu, Pancará, Kapinawá, Kambiwá, Truká e Pipipã


AL – Geripankó, Wassu-Cocal, Kalancó, Xukuru-Kariri, Tingui-Botó, Kariri-Xocó, Karuazú, Koiu-Pancá e Karapotó


CE – Pitaguari, Tremembé, Anacés, Genipapo-Kanidé, Tapeba, Potiguara, Tabajara e Kalaba


MG – Xakriabá, Krenak, Aranã, Kaxixó, Pataxó de MG


PB – Potiguara


SE – Xocó


BA – Pataxó Hã-Hã-Hãe, Pataxó, Tupinambá de Olivença, Tupinambá de Belmonte; Kiriri, Tuxá e Tumbalalá


ES – Guarani e Tupinikim


 

Fonte: Cimi - Assessoria de Imprensa
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