25/03/2005

Cerimônia de entrega de Prêmio de Direitos Humanos é realizada na UNAES

Os dois homenageados com o prêmio Marçal de Souza de Direitos Humanos 2005, oferecido pelo Centro de Defesa dos Diretos Humanos Marçal de Souza (CDDH), foram Sra. Maria Bezerra Lima, na categoria cidadã, e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI/MS), na categoria entidade. O evento foi realizado no Teatro Almir Sater.


 


O representante do CIMI foi Egon Heck, que durante seu discurso reafirmou a importância da luta das questões indígenas em prol da vida. “Precisamos lutar para que as diferenças sejam vistas como valores e não como obstáculos”. Em Mato Grosso do Sul, existem 63 áreas indígenas. Nos últimos cinco anos, foram registrados 188 suicídios. Em 2005, até agora, oito crianças já morreram de desnutrição. Em referência a esses dados é que Egon Heck, num momento de muita emoção, pediu a todos um minuto de silêncio. “Precisamos rever nossas atitudes. O CIMI está completando 33 anos de luta pelas questões indígenas. Somos em torno de 400 pessoas trabalhando para que esses povos sejam respeitados e valorizados”, declarou. Em Mato Grosso do Sul, existem nove etnias de povos indígenas.


 


Já a ganhadora do prêmio na categoria cidadã, Maria Bezerra Lima, é líder comunitária de um dos bairros mais populosos da Capital, o Aero Rancho. Há 13 anos lutando por melhorias para a vida das pessoas que moram naquela região, Maria Lima, durante o discurso, revelou que não sabia o quanto era querida. “Em agosto de 2004 tive um infarto e o hospital ficou pequeno para abrigar tantas pessoas que iam me visitar, para orar por mim. Não pensava que, por um trabalho que faço simplesmente por amor, iria um dia me devolver tanta felicidade em forma de carinho. Muito obrigada e a luta continua”, finalizou.


 


Entre os convidados para cerimônia estavam os deputados estaduais do PT, Pedro Kemp e Pedro Teruel; a presidente do Centro de Direitos Humanos, Nancineide de Cássia da silva; a representante da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Economia Solidária (Setass), Luzia Silva Soares; um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), José Campos, e a representante da Delegacia Regional do Trabalho, Eloísa Marques.


 

Fonte: UNAES – Faculdade de Campo Grande, 15 de março de 2005
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