Conferência da Paz debate quanto custa a violência no Brasil
A 1ª Conferência da Paz no Brasil, será realizada no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a partir das 9h, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados com um ato em homenagem às vítimas de violência no Brasil e diversos debates sobre alternativas contra a violência no país.
Ás 10h, acontece a palestra “Cultura de Paz e Não Violência” pelo doutor em psicologia pela Universidade de Paris e presidente da Universidade da PAZ (UNIPAZ), Pierre Weil. Às 11h, o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Luiz Couto e a coordenadora da Campanha do Desarmamento (Viva Rio), Ilona Szabo, debatem “Paz e o Plano Plurianual: quanto custa a violência?”. Segundo o relatório “As dimensões econômicas da violência interpessoal”, divulgado em julho de 2004, ao final da conferência da Organização Mundial da Saúde, na Áustria, a violência custa ao Brasil 10,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), ou cerca de R$ 160 bilhões. Apenas em gastos com saúde, o custo da violência é de 1,9% do PIB, aproximadamente R$ 30 bilhões. Em perdas materiais, o custo chega a 2,4% do PIB.
Às 14h, será realizada a palestra “Paz, Gênero e Exclusão Social”, com a deputada Selma Chons e Silvia Camurça, da SOS Corpo e da Articulação de Mulheres Brasileiras. Ás 15h, acontecem os Gestos Concretos de Paz, apresentação de ações desenvolvidas por entidades e organizações como a Comunidade Baha´i , Movimento Maria Cláudia pela Paz, Promotoras Legais Populares que lutam pela paz. Como gesto concreto, Dom Tomás Balduíno, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) vai lançar a Campanha Nacional Justiça e Paz no Campo. Ás 16h, Dr. Alexandre Camanho, procurador da República, apresenta a palestra “Paz e Recursos Naturais”.
O evento será encerrado às 17h com o lançamento da Defensoria da Paz, uma iniciativa da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano que tem como tema “Paz e Solidariedade”. A Defensoria terá como funções ser uma Ouvidoria, permitindo ao cidadão fazer denúncias e ao mesmo tempo um Observatório nos domínios da violência, desigualdade, discriminação e exclusão.
A Conferência está sendo promovida por várias entidades, entre elas o Conselho Nacional de Igrejas (CONIC), Cáritas Brasileira, Defensoria da Água, Conselho Indigenista Missionário, Ministério Público Federal, Articulação de Mulheres Brasileiras, VivaRio e Fórum Nacional de Educação.