Direitos Indígenas na Perspectiva da Autonomia
Situação das terras na Amazônia Legal
O avanço do capitalismo desenfreado sobre áreas da Floresta Amazônica é o principal responsável pelo crescimento da violência contra os povos indígenas.
A invasão às terras indígenas se dá pela cobiça de interesses privados em minérios, com a exploração ilegal de mineradoras, e agrícolas, principalmente com a expansão das fronteiras agrícolas para a monocultura da soja para exportação.
Infelizmente estes interesses tem encontrado respaldo não só na força das oligarquias antiindígenas locais, mas principalmente na ação e omissão do Estado brasileiro. A diminuição da terra Baú, do povo Kayapó, no Pará, e a não homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, são interpretadas pelo movimento indígena e seus aliados como a opção do governo Lula pelo desrespeito aos direitos garantidos na Constituição.
Para debater essa conjuntura e planejar o futuro , o Conselho Indigenista Missionário e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira estão realizam no Fórum Social Pan-Amazônico a oficina: “Direitos Indígenas na Perspectiva da Autonomia” que será realizada na quarta (dia 19), no Sintel, às 14 horas.
Povos Indígenas Amazônicos
Segundo o Censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população indígena brasileira em 2 000 era de 734.131 pessoas. Desse total, 33% (242. 619 pessoas) se encontram vivendo junto à bacia Amazônica, na chamada Amazônia Legal.
Em questão de diversidade sócio-cultural, está região tem ainda mais importância, pois nela vivem mais de 70% dos 235 povos indígenas encontrados no Brasil. Também é nesta região, que vivem todos os 46 povos “isolados” – que hoje se encontram com pouco ou nenhum contato.
Mesmo encontrando no cotidiano tendo seus direitos básicos negados, como falta de atendimento médico e educação diferenciada, esses povos resistem na luta por identidade.