Maxakali
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Outras denominações: | Outras grafias: | ||
Língua: | |||
Tronco Lingüístico: Macro-Jê | Família lingüística: Maxakali | ||
Língua materna: Maxakali | Línguas faladas: Maxakali e Português | ||
População: | |||
No Estado: 1.468 | Total:1.468 | ||
Localização: | |||
Terra Indígena: Maxakali | Estado:Minas Gerais | Município:Bertópolis Santa Helena Ladainha Teofilo Otoni | |
Regional e/ou Equipe do Cimi que presta acompanhamento: Cimi Regional Leste – e-mail: [email protected] | |||
Breve histórico: O povo se auto-denomina TIKMŨ’ŨN, que significa “NÓS HUMANOS”. Também são conhecidos pela sociedade regional como o “Povo do Canto” por causa da força do seu canto durante os seus rituais religiosos, que atravessam as noites. Assim, através dos diversos cantos, o povo mantêm sua cultura e mundo mítico. Pertencem à mesma família lingüística os povos Malali, Makuni, Monoxó, Kumanaxó, Kotaxó, Pañame (grupos hoje considerados extintos) e os Pataxó. O povo Maxakali é caracterizado pela sua grande resistência histórica e contemporânea na preservação da sua cultura, língua e religião, guiados pelos seus espíritos sagrados, os Yãmĩn. O território dos Maxakali, um povo tradicionalmente seminômade, caçador e coletor, estendeu-se pelos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais. Com a chegada dos europeus no litoral brasileiro e as frentes de colonização que adentraram o território mineiro, os Maxakali sofreram um processo de expulsão que os obrigou a se esconderem na região do Vale do Mucuri. Mesmo nesse território sofreram vários tipos de violência, tiveram suas terras roubadas e devastadas com a introdução do capim colonião por funcionários do antigo órgão indigenista governamental, Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Contudo após muita luta, sangue e mobilizações, os Maxakali conseguiram a demarcação do seu território. Hoje a área Maxakali demarcada (5.293 hectares) está localizada na área rural dos municípios de Bertópolis e Santa Helena de Minas (respectivamente as aldeias de Pradinho e Água Boa), MG, Brasil, na cabeceira do rio Umburanas, afluente do rio Itanhém. Mais recentemente a distribuição geográfica populacional dos Maxakali aumentou no Vale do Mucuri com a ocupação de duas novas áreas nos municípios de Ladainha (reserva indígena) e Campanário. Sua população atual total é de aproximadamente 1.468 pessoas, sendo a maioria jovens e crianças. Sua economia é voltada para a produção de pequenas roças de subsistência, artesanatos e recebem recursos de programas e/ou benefícios governamentais. Vendem ou trocam seus produtos por outros alimentos nas feiras das cidades vizinhas. Continuam lutando por melhores condições de vida e estão engajados no processo de preservação e recuperação ambiental do seu território, reconstruindo o seu mundo simbólico e religioso. Apesar de já ter a área demarcada de 5.293 hectares, o rápido crescimento populacional dos Maxakali nas últimas décadas (a saber, na década de 1940 a população Maxakali ficou reduzida a 59 pessoas) tem gerado uma situação de confinamento do povo. Sendo assim, existe a necessidade de revisão dos limites do território indígena Maxakali. |