Movimento Nós Existimos faz campanha contra a impunidade em Roraima
O Movimento “Nós Existimos”, do qual o Conselho Indígena de Roraima é parceiro, lançou uma campanha de outdoor em Boa Vista, denunciando a impunidade no esquema de corrupção conhecido como “Folha Gafanhoto” que, segundo investigações do Ministério Público Federal e Polícia Federal, desviou mais de 320 milhões de reais dos cofres públicos, no período de 1998 a 2002.
Em pontos estratégicos de Boa Vista existem placas criticando a decisão da Assembléia Legislativa de Roraima, que no dia 3 de junho, negou o pedido do Superior Tribunal de Justiça – STJ para abertura de processo contra o governador Flamarion Portela, acusado de envolvimento na “folha gafanhoto”, que desviava dinheiro através de servidores fantasmas.
A Assembléia aprovou por 12 votos a 7 o relatório da Comissão Especial criada para analisar o pedido do STJ. O relatório sugeriu que os deputados não autorizassem a abertura do processo por “falta de provas consistentes” contra o governador.
Os movimentos sociais de Roraima estão insatisfeitos com a votação da Assembléia Legislativa e programam protesto para o mês de julho que culminaram com o Grito da Terra, no dia 25. O Movimento Nós Existimos sai na frente com a campanha de outdoor para esclarecer a sociedade local sobre a impunidade.
Nós Existimos é um movimento criado em Roraima para favorecer a aliança entre povos indígenas trabalhadores urbanos e rurais. Foi lançado em janeiro de 2003 por organizações não-governamentais presentes no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, com o apoio da Central Única dos Trabalhadores – CUT, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Indígena – CIR, Diocese de Roraima e outros.