Povo Xokleng vai às ruas protestar contra o marco temporal
Mobilização marcou a data em que estava previsto o julgamento sobre o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil no STF
Mobilização marcou a data em que estava previsto o julgamento sobre o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil no STF
Inicialmente marcado para o dia 28 de outubro, julgamento que pode definir futuro das terras indígenas ainda não tem nova data
Decisão é considerada uma das mais importantes para os povos originários desde a Constituição de 1988
Em 10 de janeiro de 2018, a vida do professor Xokleng, dedicada à educação de seu povo, foi cruelmente interrompida no litoral catarinense
A construção da barragem no rio Itajaí, iniciada durante a Ditadura Militar, ignorou a existência dos Xokleng e alagou grande parte do seu território - inclusive a aldeia onde viviam
“No contato eles prometeram nos livrar dos bugreiros. No começo era assim; depois, não”, recordou o ancião Caxias Popó
Das reduções territoriais e impactos da Barragem Norte até se tornar caso de repercussão geral, o povo Xokleng jamais desistiu da Terra Indígena Ibirama La Klãnõ
No limite, o que está em jogo é o reconhecimento ou a negação do direito mais fundamental aos povos indígenas: o direito à terra
Juiz ignora decisão do STF e determina reintegração de posse; indígenas de 24 aldeias se mobilizam e cobram a demarcação dos territórios tradicionais
Leia o artigo de Roberto Liebgott, coordenador do Cimi Regional Sul sobre o que está em jogo no julgamento marcado para 28 de outubro no STF