Encerra a sétima edição do Curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas
Está edição contou com a presença de 71 estudantes de diferentes áreas de conhecimento e estados; a troca de experiências foi uma constante em todos os módulos
Na última sexta-feira, 2 de setembro, foi encerrada a sétima edição do Curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas, parceria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) com a Universidade Federal da Integração Latino-americana (Unila). Devido a pandemia da covid-19, está edição foi realizada de forma remota.
A sétima edição do curso iniciou no dia 1º de agosto, com 71 estudantes das mais diferentes áreas do conhecimento. Direito, Pedagogia, Geografia, História, Engenharia Ambiental, Psicologia, dentre outras áreas, bem como muitas/os mestrandas/os, mestras/es, doutorandas/os e doutoras/es, estiveram juntas/os por duas horas, durante as noites que se seguiram. Também a participação de várias/os indígenas dos povos Tabajara, Kaingang, Terena, Pankaiwaka, Kariri-Xokó, Tupinambá e Potiguara foi fundamental para trazer suas realidades e cosmovisões aos demais.
“A sétima edição do curso iniciou no dia 1º de agosto de forma virtual com turma composta por 71 estudantes das mais diferentes áreas do conhecimento”
O curso contou com os módulos de: Antropologia Indígena; História e Resistência Indígena; Novas Epistemologias Indígenas – o Bem Viver como crítica radical ao Capitalismo; Terra, Território e Territorialidade e sua relação com práticas e saberes ambientais; Direitos indígenas: legislação e mobilização política dos povos indígenas; conjuntura político indigenista; e, espaços de controle social e protagonismo indígena. Todos estes módulos tiveram como conteúdo transversal aspectos latino-americanos, cujos professores abordaram majestosamente em conjunto com os conteúdos já definidos em suas ementas.
“Desde a aula inaugural, a expectativa dos estudantes com este curso era grande. Todos os comentários eram direcionados para a alegria em estar participando e a vontade de conhecer mais a temática indígena tendo este vértice militante dos professores e o contexto do Cimi de 50 anos à serviço da causa indígena”, destaca Marline Dassoler Buzatto, missionária do Cimi Regional Sul e da coordenação do curso.
“Desde a aula inaugural, a expectativa dos estudantes com este curso era grande, da alegria em estar participando e a vontade de conhecer mais a temática indígena”
Na aula inaugural, foi sugerido que este seria um momento de troca de experiências, o que foi constante durante todos os módulos. A participação das/dos estudantes/as foi fundamental para que o curso tivesse seu objetivo alcançado e elevasse o interesse de todos pelos assuntos abordados durante as aulas, pois nesta perspectiva que a avaliação foi conduzida, mostrando que muitas e muitos passaram a ver a questão indígena com maior sensibilidade e buscando entender o contexto das situações vivenciadas pelos povos indígenas, salienta Marline.
Outro objetivo que foi alcançado neste curso, bem como nos demais que o antecederam, foi a interligação dos assuntos abordados nos diferentes módulos. “Temas tratados na Antropologia, por exemplo, foram se inter-relacionando com temas das demais módulos e, no final, tudo foi assimilado e compreendido de maneira que as e os estudantes, tivessem o ímpeto e a vontade de se engajar cada vez mais nas realidades indígenas que o circundam, contribuindo para que as vendas do senso comum sejam tiradas desta nossa sociedade brasileira”, reforça a coordenadora do curso.
“Está edição, assim como as anteriores, foi avaliado de forma positiva e vários apontamentos foram realizados para que a próxima edição se realize”
Está edição do Curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas, assim como as anteriores, foi avaliado de forma positiva e vários apontamentos foram realizados para que a próxima edição se realize no próximo ano. A avaliação, também realizada por cada participante do curso, se deu tanto pela profundidade das temáticas tratadas, o conhecimento das/os professoras/es com os assuntos específicos, a diversidade de áreas do conhecimento e de povos indígenas participantes. Além da participação de pessoas de vários estados brasileiros, que juntas durante este mês de agosto marcaram mais uma vez o sucesso deste curso “contribuindo para desconstruir conceitos, sensibilizar e agregar mais lutadoras e lutadores desta causa que é de todas e todos nós”, avalia Marline, que ainda completa. Como diz umas das participantes desta edição do curso – “Avante para um Brasil que honre nossa herança indígena!”