Pesquisadores do Paraná assinam manifestação pública contra risco de despejo dos indígenas da aldeia Curva Guarani
Segundo os pesquisadores/as, o risco de despejo têm colocado os Ava-Guarani em situação de extrema vulnerabilidade pela precariedade das condições de vida a qual são submetidos.
Os pesquisadores/as do projeto “Conflitos e resistências para a conquista e demarcação de Terras Indígenas no Oeste do Paraná: os caminhos e as expressões do fortalecimento das lideranças e da cultura Guarani”, vinculado à Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Londrina, Universidade de São Paulo – Esalq, Universidade do Centro-Oeste do Paraná e Universidade Estadual do Oeste do Paraná, assinaram nessa segunda-feira, dia 15 de outubro, uma manifestação pública de indignação e preocupação com a atual situação de risco de despejo das famílias indígenas da aldeia Curva Guarani, tradicionalmente ocupada, no município de Santa Helena – PR.
Segundo os pesquisadores/as, historicamente os Ava-Guarani habitam a região em questão; o território tradicional Guarani é alvo de disputas desde a implantação do Parque Nacional do Iguaçu e, posteriormente, com a inundação de suas terras para a construção da Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu. Para eles, esses fatos motivaram os conflitos entre o povo Guarani e os não-indígenas os quais vêm se agravando com a expansão do agronegócio na região.
“De acordo com os pesquisadores/as, a retomada dos territórios indígenas garante o mínimo para a sobrevivência e a manutenção cultural do modo de ser e viver Avá-Guarani”.
Durante o período de pesquisa de campo, os pesquisadores/as constataram que a população Avá-Guarani tem sido alvo de hostilização, ameaças e vive em situação de extrema vulnerabilidade decorrentes do descaso, da omissão e da morosidade do poder público em demarcar e reconhecer os seus territórios tradicionais.
A manifestação pública evidencia que esse conflito entre os Guarani e a Itaipu Binacional, três aldeias estão sofrendo ameaças de despejo, a Pyahu e Curva Guarani, no município de Santa Helena, e a Yva Renda, em Itaipulândia. O litígio ocorre, há meses, quando a Itaipu Binacional tomou conhecimento da retomada da área pelos Avá-Guarani.
“A manifestação retrata, ainda, o não cumprimento do direito dos povos indígenas adquirido na década de 1970”.
O documento assinado retrata que o risco de despejo têm colocado os Ava-Guarani em situação de extrema vulnerabilidade pela precariedade das condições de vida a qual são submetidos, agregado a isso se tem o não cumprimento do direito adquirido na década de 1970. Os pesquisadores/as ressaltaram também que a retomada dos territórios indígenas garante o mínimo para a sobrevivência e a manutenção cultural do modo de ser e viver Avá-Guarani.
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