Comissão Pastoral da Terra (CPT) publica Atlas de Conflitos na Amazônia Legal
Na próxima quinta-feira (28), às 14 horas, no Centro Cultural Missionário, em Brasília (DF), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), com o apoio da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), lançará o “Atlas de Conflitos na Amazônia”. O material tem enfoque no mapeamento, por municípios, dos locais onde existem conflitos no campo na Amazônia Legal. A maior disputa pela terra e os grandes números de pessoas violentadas, atualmente, encontra-se nessa região.
No Atlas, cada regional da Comissão Pastoral da Terra apresenta os conflitos a partir de uma contextualização elaborada pelos agentes de pastorais de cada Estado. Para aproximar ainda mais o leitor da realidade, o Atlas traz casos emblemático de cada regional. Os estados que compõem a Amazônia Legal e, que, portanto, são os regionais da CPT, por ordem alfabética, compreendem: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Mapeamento sistemático de áreas em disputa na Amazônia
A Amazônia tem destaque no aumento da violência no campo no Brasil nos últimos anos. Em 2016, foram registrados 61 assassinatos por conflitos no campo no país, sendo que 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal. Neste ano de 2017, já foram registrados 63 assassinatos em conflitos no campo, até o momento, sendo 49 na região.
Os dados acima são disponibilizados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra na publicação impressa e digital “Conflitos no Campo Brasil”. Já o “Atlas de Conflitos na Amazônia” tem uma proposta metodológica diferente, pois mostra os conflitos que permaneceram vigentes nos últimos anos nesta região.
A partir de um alinhamento técnico com o Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da CPT, e com a assessoria do geógrafo e professor da Universidade Estadual de Montes Claros (UniMontes-MG), Gustavo Ferreira Cepolini, cada regional da CPT contribuiu no levantamento dos dados para o Atlas, registrando detalhes como: municípios onde o conflito estava localizado, nome da comunidade, número de famílias impactadas, identidade (posseiros, sem terra, indígenas, quilombolas etc.), com quem disputavam seus territórios, e outros.
Serviço
Lançamento do Atlas de Conflitos na Amazônia
Quando: 28 de setembro (quinta-feira), às 14h.
Onde: Centro Cultural Missionário (CCM) – Sgan, 905 – Conjunto C – Asa Norte – 0790-050 – Brasília (DF).
Composição da mesa:
Dom Leonardo Ulrich Steiner
secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Felício Pontes Junior
Procurador Ministério Público Federal (MPF) atua nos feitos cíveis relativos à defesa dos direitos e interesses das populações indígenas e comunidades tradicionais
Manuel Cardeal
representante do Seringal Itatinga, munícipio de Manoel Urbano, Acre e ameaçado pelo projeto de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação (REED)
Darlene Braga
representante da articulação da Comissão Pastoral da Terra (CPTs) Amazônia.
Cleber César Buzzatto
secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Gustavo Henrique Cepolini Ferreira
Mestre e Doutorando em Geografia Humana e assessor do Atlas de Conflitos na Amazônia
Outras informações:
Cristiane Passos (CPT) – (62) 4008-6406 / 99268-6837
João Damasio (CPT) – (62) 4008-6412 / 99143-8923
Osnilda Lima (REPAM) – (61) 98366-1235