21/07/2015
Em comemoração aos 40 anos, CPT convoca “mobilização rebelde e unitária pela vida”
O IV Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que reuniu cerca de mil pessoas de 12 a 17 de julho em Porto Velho, Rondônia, comemorou os 40 anos de fundação da Pastoral por meio de intensos debates entre camponeses, quilombolas, indígenas, agentes pastorais, trabalhadores e trabalhadoras rurais, colaboradores, padres e bispos, que compartilharam os desafios enfrentados pelas populações do campo na atual conjuntura político-econômica do país.
"As comunidades vivem uma realidade mais complexa do que a do tempo da fundação da CPT, pois camuflada por discursos os mais variados de desenvolvimento e progresso, que, porém, trazem consigo uma carga de violência igual ou pior à de 40 anos atrás”, diz o documento final do Congresso, divulgado na última sexta-feira (17). “Hoje, tem-se consciência de que pelo avanço voraz do capitalismo é o destino da própria humanidade e da própria vida que está em jogo. O mercado nacional e transnacional encontra suporte nas estruturas do Estado que se rendeu e vendeu aos interesses das elites e do capital”.
O documento convoca as “igrejas, instituições e organizações para reassumirmos um processo urgente de mobilização rebelde e unitária pela vida, que inclua a defesa do planeta terra, nossa casa comum, suas águas e sua biodiversidade”. As prioridades da CPT no serviço às causas dos ‘Pobres da Terra’ foram elencadas, com a perspectiva de “construir novas pessoas e novas relações interpessoais, familiares, de gênero, geração, sociais, econômicas, políticas entre espiritualidades e religiões diferentes e com a própria natureza”.
Representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e de povos indígenas de diversas regiões do país também participaram do Congresso. Rosimeire Diniz, do Cimi no Maranhão, explicou que a presença do povo Gamela – que retomou em 2013 a luta pelo reconhecimento de sua identidade indígena, fortaleceu seu processo de resistência. “Se apresentarem enquanto povo indígena, dando um tom especial pro Congresso, porque a pintura indígena foi socializada com todos os participantes”. Rosimeire diz que, entre os povos indígenas, estavam representantes dos povos Puruborá, Karitiana, Kanoê, Bororo e Wapixana, entre outros. “A participação das delegações no Congresso foi muito positiva, ocuparam quase todas as tendas, pautando a articulação entre os povos e comunidades tradicionais como um a prioridade para a CPT, levando força a esse trabalho. No fim, essa articulação resultou em um dos pilares de atuação elencados pela entidade”, conta Rosimeire.
O próximo Congresso Nacional da CPT será em 2020. Confira aqui a íntegra do documento final, com as perspectivas de ação para os próximos quatro anos.
"As comunidades vivem uma realidade mais complexa do que a do tempo da fundação da CPT, pois camuflada por discursos os mais variados de desenvolvimento e progresso, que, porém, trazem consigo uma carga de violência igual ou pior à de 40 anos atrás”, diz o documento final do Congresso, divulgado na última sexta-feira (17). “Hoje, tem-se consciência de que pelo avanço voraz do capitalismo é o destino da própria humanidade e da própria vida que está em jogo. O mercado nacional e transnacional encontra suporte nas estruturas do Estado que se rendeu e vendeu aos interesses das elites e do capital”.
O documento convoca as “igrejas, instituições e organizações para reassumirmos um processo urgente de mobilização rebelde e unitária pela vida, que inclua a defesa do planeta terra, nossa casa comum, suas águas e sua biodiversidade”. As prioridades da CPT no serviço às causas dos ‘Pobres da Terra’ foram elencadas, com a perspectiva de “construir novas pessoas e novas relações interpessoais, familiares, de gênero, geração, sociais, econômicas, políticas entre espiritualidades e religiões diferentes e com a própria natureza”.
Representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e de povos indígenas de diversas regiões do país também participaram do Congresso. Rosimeire Diniz, do Cimi no Maranhão, explicou que a presença do povo Gamela – que retomou em 2013 a luta pelo reconhecimento de sua identidade indígena, fortaleceu seu processo de resistência. “Se apresentarem enquanto povo indígena, dando um tom especial pro Congresso, porque a pintura indígena foi socializada com todos os participantes”. Rosimeire diz que, entre os povos indígenas, estavam representantes dos povos Puruborá, Karitiana, Kanoê, Bororo e Wapixana, entre outros. “A participação das delegações no Congresso foi muito positiva, ocuparam quase todas as tendas, pautando a articulação entre os povos e comunidades tradicionais como um a prioridade para a CPT, levando força a esse trabalho. No fim, essa articulação resultou em um dos pilares de atuação elencados pela entidade”, conta Rosimeire.
O próximo Congresso Nacional da CPT será em 2020. Confira aqui a íntegra do documento final, com as perspectivas de ação para os próximos quatro anos.