12/03/2013

Indígenas fecham trecho da BR 367 (BA) por melhoras na educação

Um protesto de comunidades indígenas fechou as duas pistas da BR 367, em Coroa Vermelha, Santa Cruz Cabrália, na manhã desta terça-feira (12). Centenas de índios, entre eles pais e alunos, reclamam das péssimas condições da escola indígena de Coroa Vermelha. Segundo os manifestantes, faltam mesas e cadeiras nas salas de aula, entre outros problemas de infraestrutura. Eles dizem que só irão liberar a rodovia quando representantes da Secretaria de Educação entregar as cadeiras prometidas na segunda-feira, 11.

“Estamos reivindicando o direito de nossos filhos. A estrutura física da escola está caindo, corre o risco de o teto desabar a qualquer momento. Temos 800 alunos, trabalhamos nos três turnos e atendemos da pré-escola até o 9º ano. Esses alunos estão sentando no chão porque não tem cadeiras suficientes”, disse a secretária da escola, Valdirene.

“Já fizemos diversos documentos, enviados para a Secretaria de Educação, para o Ministério Público, para todos os lugares que poderíamos mandar e nunca fomos atendidos. Passamos os quatro anos do mandato do prefeito Jorge Pontes reivindicando e nada foi feito até agora. Ontem (segunda-feira) os pais chegaram na escola e viram seus filhos sentados no chão, não gostaram e pediram apoio dos funcionários para fazer essa manifestação, porque a situação está feia e o risco de a qualquer momento a escola desabar na cabeça dos alunos. Estamos pedindo socorro para vê se alguém nos ouve porque estamos desesperados em ao temos mais a quem recorrer”, acrescentou.

De acordo com Valdirene, representantes da Secretaria de Educação de Santa Cruz Cabrália estiveram na escola na segunda-feira e propuseram a construção de um pavilhão com cinco salas para desocupar as que têm risco de desabamento. “Também prometeram que hoje iriam trazer as cadeiras e até agora não apareceram. Estamos aqui esperando que tomem alguma providência. Assim que isso acontecer, nós liberamos a pista”, salientou.

 

Segundo ela, a escola indígena recebe recursos diferenciados para a merenda escolar. Mesmo assim, há constante falta de merenda, além de falta de água. Além da falta de cadeiras e mesas, alguns banheiros não têm porta, as janelas das salas de aula e da secretaria estão com vidros quebrados e a estrutura de alguns telhados está comprometida.

Fonte: Cimi Regional Leste - Extremo Sul
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