Informe nº 1051: Indígenas ficam expostos a acidentes por atropelamento
Por Luana Luizy,
de Brasília
Estradas e rodovias próximas a aldeias, reservas e acampamentos indígenas contribuem para o aumento de casos de atropelamentos e mortes. No dia 9 de janeiro, uma menina de nove anos de idade foi atropelada na BR-277, no município de Nova Laranjeiras, estado do Paraná. A rodovia federal corta a aldeia indígena Rio das Cobras onde vive majoritariamente o povo Kaingang, mas também Guarani.
O motorista do veículo fugiu sem prestar socorro e está foragido. Segundo a Polícia Rodoviária Federal do estado, em 2012 foram nove casos de atropelamentos no Paraná, destes seis resultaram
O Cimi revelou no Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas de 2011, 12 casos de mortes por atropelamento em todo país. “Chama a atenção o elevado número de ocorrências no estado do Paraná, com quatro casos registrados em 2011″, destaca o texto. Já em 2010, a situação foi ainda pior. Nesta mesma rodovia onde a menina indígena foi atropelada, a Polícia Rodoviária Federal, contabilizou 82 atropelamentos, sendo que 41 destas ocorrências causaram a morte de indígenas.
No dia 7 de fevereiro, no município de Tenente Portela,
Nos estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) há populações indígenas que vivem em beira de rodovias há pelo menos 10 anos, sem que haja alguma modificação, por parte dos estados, da forma de vida desses povos. Muitos aguardam demarcação de suas terras, outros vendem artesanato como meio de sobrevivência na beira das estradas.