Marcha de Mulheres pedirá pela liberdade dos presos político mapuche
Depois da inciativa de 14 integrantes do grupo Alianza Territorial Mapuche que foram até a sede da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), em Santiago, no Chile, para tratar sobre a situação dos 34 presos políticos mapuche que estão em greve de fome há mais de dois meses, agora é a vez de as mulheres se organizarem pela causa mapuche.
A reportagem é de Tatiana Félix e publicada por Adital, 27-09-2010.
Na próxima quarta-feira (29) será realizada de Temuco à Santiago a Marcha das Mulheres pela Vida e Liberdade dos Prisioneiros Políticos Mapuche. Assim como outras manifestações que já aconteceram, a iniciativa tem como objetivo pedir pelo fim da Lei Antiterrorista, o fim do duplo julgamento nos Tribunais Civis e Militares e o fim das testemunhas protegidas e sem rosto.
A decisão pelo ato foi tomada durante a Mesa de Diálogo Alternativa do Povo Mapuche, que aconteceu na última sexta-feira (24). Participaram dos diálogos as mães dos presos políticos em greve de fome, as mães dos jovens mapuche assassinados entre 2002 e 2009 e as mulheres do Movimento Autônomo Mapuche.
Elas enfatizaram que a greve de fome está sendo realizada com o intuito de defender a preservação da "mãe Terra usurpada, que está gritando desde o mais profundo de suas entranhas, sobre a exploração, a contaminação e a desertificação a que tem sido submetida pelas grandes transnacionais de madeiras, água, energia e os derramamentos em nossas comunidades".
Desde o último dia 23, os representantes do grupo Alianza Territorial Mapuche estão na sede da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), no Chile. Eles aproveitam a visita para entregar uma carta dirigida ao Secretário Geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon e uma cópia para o Ministério das Relações Exteriores e para a Missão Permanente das Nações Unidas do Governo do Chile.
A carta foi entregue pela Secretária Executiva da CEPAL, Alícia Bárcena, que visitou o grupo da Alianza Territorial que permanece nas instalações da CEPAL.
Porém, os representantes do grupo mapuche foram informados pela CEPAL que, de acordo com a política institucional da ONU, o Secretário-Geral não pode considerar um pronunciamento público enquanto o grupo que permanece nesta Comissão não retirar.
Manifestações atravessam as fronteiras
A cidade de Florianópolis,