22/09/2010

Entidades fazem ato simbólico em frente à embaixada do Chile em apoio aos Mapuche

Nesta quarta-feira, 22 de setembro, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Via Campesina realizaram ato simbólico em frente à embaixada do Chile, no Brasil. O objetivo da manifestação foi protocolar um documento destas entidades relacionado à greve de fome de indígenas mapuche no país, que já dura mais de 60 dias e protestam contra a lei Antiterror.

 

Na embaixada, o grupo foi recebido por um dos conselheiros, Pedro González – de acordo com funcionários do local, o embaixador estava viajando. O conselheiro afirmou que não poderia fazer nenhum encaminhamento, mas declarou que o governo do Chile já está buscando formas para mudar a lei. “Estamos dialogando e esperamos que a situação se resolva o mais rápido possível”, afirmou o conselheiro. Ainda de acordo com González, o governo “vai resolver tudo pela via da legalidade”.

 

Documento

 

No documento entregue, as entidades manifestam total solidariedade ao Povo Mapuche e repudiam energicamente a aplicação da denominada Lei Antiterror, como instrumento para calar a voz dos movimentos sociais. “É inaceitável que, em um país que se denomina democrático, se criminalize as justas demandas do Povo Mapuche”, diz a carta.

 

As entidades finalizam o texto esperando “não ter que lamentar nenhuma perda de vidas humanas”.

 

Leia o documento na íntegra.

Fonte: Cimi
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