Indígenas do Sertão de Alagoas cobram da Funai demarcação de seus territórios
Na última terça-feira, 13, às 10hs, 15 representantes dos povos Geripancó, Katökinn, Karuazu, Kalankó e Koiupanká do Sertão de Alagoas, acompanhados pelo deputado Judson Cabral (PT-AL) e por Frederico Gomes (Funai/AL) reuniram-se com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o antropólogo Márcio Meira, em Brasília. Denise da Veiga Alves, Paul Waters e Jorge Vieira, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também participaram da reunião.
A pauta da reunião foi o resultado de proposta discutida
Os caciques Paulo Kalankó e Zezinho Koiupaká entregaram ao presidente da fundação documento contendo a pauta de reivindicação dos povos, momento em que registraram que são décadas de espera pela demarcação de seus territórios, onde o clima de violência e discriminação contra as comunidades só tem aumentado em conseqüência da morosidade dos órgãos públicos.
O deputado Judson Cabral defendeu a importância dos direitos indígenas presentes na Constituição Federal e as reivindicações dos povos, o que tem sido feito através do seu mandato. E afirmou: “o nosso mandato acompanhará todo o processo, até que os povos indígenas de Alagoas conquistem plenamente seus direitos”.
Acompanhado da diretora Leila Souto-Maior, responsável pela criação dos Grupos Técnicos (GTs) e análise dos relatórios de identificação das Terras Indígenas (TIs), Meira declarou a finalização do processo da terra Geripankó e que espera apenas a contratação de um técnico para a realização do estudo ambiental. No caso Kalankó, aguarda a publicação de edital para a criação do GT.
Quanto aos outros povos, justificando insuficiência de dados no laudo de qualificação quanto à territorialidade, sinalizou a possibilidade de outras formas de aquisição de terra. Contrapondo-se, as lideranças argumentaram a fragilidade do trabalho, demonstrando a necessidade do mesmo ser complementado, inclusive com a apresentação de nomes de antropólogos. O que ficou firmado para ser realizado até o término do semestre em curso.
Por fim, as lideranças indígenas se posicionaram na defesa da permanência da sede administrativa da Funai