18/06/2010

Rádio Vaticano: denúncia pede intervenção da ONU para libertar índia presa

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a organização não-governamental Justiça Global – entidades que atuam na defesa dos direitos humanos no Brasil – enviaram, nesta quarta-feira, dia 9, à Organização das Nações Unidas (ONU), uma denúncia acerca de uma ação de agentes da Polícia Federal contra índios da etnia Tupinambá, no sul da Bahia. No documento, pedem a intervenção da Onu para a imediata concessão da liberdade à índia Glicéria Tupinambá.

 

A índia integra a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) e está presa desde o dia 2 de junho, sob a alegação de ter participado do roubo de um veículo da empresa que presta serviço de energia na região. O Cimi e a Justiça Global querem garantias de vida e de terras para a etnia Tupinambá.

 

A prisão de Glicéria é relatada na denúncia enviada nesta quarta-feira, dia 9, à ONU. Além de pedir a imediata libertação da índia, o Cimi e a Justiça Global pedem a garantia imediata da posse do território reivindicado pelo povo Tupinambá, com a conclusão do processo demarcatório, processo já iniciado pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

 

Outro pedido feito pelas entidades é a garantia da integridade física dos índios e que a Polícia Federal dê noções de direitos humanos aos agentes que tratam com povos indígenas e outras minorias étnicas

 

No documento, as entidades também pedem uma investigação para identificar os agentes da Polícia Federal que teriam cometido crimes de tortura contra cinco índios Tupinambá: Ailza Silva Barbosa, Alzenir Oliveira da Silva, Calmerindo Batista da Silva, Mário Oliveira Barbosa e José Otávio de Freitas.

 

"Essa investigação é importante para que os responsáveis possam ser julgados e responsabilizados pelo Poder Judiciário" – afirma o documento. (AF)

 

Fonte: Rádio Vaticano
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