Guarani Kaiowá pedem apoio à cidade de São Paulo
“A gente vai perdendo a esperança e não sabe mais a quem recorrer”. Esta frase dita por Bráulio Armoa, liderança Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, mostra o estado de espírito deste povo frente a tantos problemas que vêm sofrendo neste estado e a disposição que têm em buscar apoio em outras regiões.
Por isso seis representantes deste povo estão chegando a São Paulo na próxima 5ª. feira, dia 7, para fazer contatos com grupos e entidades da capital paulista, para sensibilizá-los sobre a situação em que estão vivendo.
Também nesta semana,
A violência no Mato Grosso do Sul não apenas continua, como tem aumentado. Em 2006 foram mortos 28 indígenas, em 2007, 53 indígenas, e em 2008, 42 pessoas.
No ano passado dois professores indígenas desapareceram da aldeia, sendo que um deles foi encontrado morto. O segundo até hoje continua desaparecido.
Estarão
O que se questiona agora é a falta de isenção do judiciário regional, que pouca sensibilidade tem para com estes povos originários, favorecendo de maneira sistemática os fazendeiros e pessoas ligadas ao agro-negócio.
Estão sendo programados no pátio do Museu da Cultura da PUC-SP (dia 7, 6ª feira, às 19h. Rua Monte Alegre, 984, Perdizes, tel.: 3670 8331 / 8559), projeção do vídeo Terra Negada (CIMI MS) e debate com estas lideranças, aberto ao grande público, e uma fala das lideranças no Curso da Defensoria do Estado de São Paulo – A questão indígena: caminhos e desafios – no dia 8, sábado, às 9h (Defensoria da União, rua Fernando de Albuquerque, 155, Consolação, restrito aos participantes do curso).
Organização: Conselho Indigenista Missionário do Mato Grosso do Sul e da Grande São Paulo (CIMI MS e SP), Pastoral Indigenista de São Paulo, Programa Pindorama da PUC/ SP, Museu da Cultura da PUC/SP e Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais (NEMA).