Como denunciado pelo Cimi, a Funai não tomou as devidas providências em 37 territórios identificados com a presença de grupos isolados. Logo, esses povos estão à mercê de todo tipo de ameaça e, evidentemente, não possuem os devidos meios para fazerem as denúncias cabíveis nessas situações, o que agrava sobremaneira sua vulnerabilidade. Até quando permanecerá inerte o governo? Acaso aposta no genocídio dos Povos Livres?

Assim inicia o artigo de Gabriel Villardi, “A proteção aos Povos Indígenas Livres e as ameaças do povo da mercadoria: resistência à pacificação forçada”, publicada dia 14 de agosto, no site do Instituto Humanitas (IHU). Além do artigo de Gabriel, organizações indígenas e indigenistas de todos os países da Amazônia, têm se movimentado na perspectiva de defender a escolha de uma vida distante das outras formas de vida da sociedade.

O IHU, A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Equipe de Apoio aos Povos Livre (Eapil) do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), são algumas dessas organizações que têm se dedicado à visibilização dos povos em isolamento voluntário, na perspectiva de que o estado cumpra sua função para impedir o genocídio dessas culturas originárias e tem realizado estudos, aulas e lives sobre o tema.

Integrando o “Ciclo de Estudos: IHU ideias”, o Instituto realizará, dia 17, terça feira, às 10h00, horário de Brasília, a live “A proteção aos Povos Indígenas Livres e as ameaças do povo da mercadoria”, com o professor doutor Lino João de Oliveira Neves, da UFAM, e Guenter Francisco Loebens, da Equipe de Apoio aos Povos Livres (Eapil) do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Professor Lino explica que será uma aula livre sobre conceitos e contextos da vida e territorialidades dos povos indígenas livres. “Primeiro, uma conceituação geral, o que são índios isolados e isolamento voluntário, a presença e existência dos índios isolados na América do Sul, no Brasil e no mundo, ameaças e pressões que esses povos sofrem nesse momento específico que a gente passa, que é um momento de graves ameaças, de riscos, de perda de biodiversidade, de perda de conhecimento, de perda de direitos, as legislações que garantem seus direitos dos povos indígenas e a proteção dos povos indígenas livres e a ameaça dos povos da mercadoria”, explica.

O evento é aberto ao público e será transmitido pelo YouTube e Facebook do IHU Unisinos. Não é necessária inscrição para acompanhar a transmissão, mas os participantes que queiram certificação devem realizar a matrícula no site do evento, e também assinar a lista de presença, disponibilizado ao final da fala do conferencista no chat.