08/08/2024

Sob violência e risco de massacre, povo Guarani e Kaiowá apela por segurança com manifestação em Brasília nesta quinta (8)

Lideranças Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul realizam um ato hoje (8), às 14h, em frente ao Ministério da Justiça (MJ), pelo fim do massacre na Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica

Lideranças Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul realizam um ato hoje (8), às 14h, em frente ao Ministério da Justiça (MJ), pelo fim do massacre na TI Panambi – Lagoa Rica. Foto: Maiara Dourado/Cimi

Por Assessoria de Comunicação do Cimi

Mais de 50 lideranças Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul realizam um ato hoje (8), às 14h, em frente ao Ministério da Justiça (MJ), pelo fim do massacre em curso na Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica.

Os indígenas exigem medidas de proteção e segurança às comunidades da terra indígena e o fim definitivo dos ataques na região.

“Não é conflito, é massacre e nós não temos condições de dialogar com o governo do Mato Grosso do Sul. É pistoleiro, fazendeiro, o Departamento de Operação de Fronteira, a Polícia Militar, todos juntos [contra as comunidades indígenas]”, explica Valdelice Veron, uma das lideranças Guarani Kaiowá presente em Brasília.

Desde meados de julho, os Guarani Kaiowá da TI Panambi – Lagoa Rica vivem sob o cerco de um acampamento armado de fazendeiros que, com dezenas de camionetes perfiladas, ameaçam e atacam as comunidades do território. Os ataques se dão sob a custódia da Força Nacional, que assiste, sem reação, as investidas dos fazendeiros.

As lideranças estão desde o início da semana em Brasília em uma incursão por entre secretarias e ministérios a fim de denunciar às autoridades e órgãos do Estado o massacre que vem se desenrolando na região. Até o momento, mais de uma dezena de indígenas foram feridos.

Para as lideranças, a escalada de violência se deve à falta de providências no processo de demarcação da TI Panambi – Lagoa Rica, que encontra-se paralisado desde 2011, quando a terra indígena foi identificada e delimitada. O próximo passo no processo de demarcação é emissão da portaria declaratória, atribuição do MJ.

“A gente só vai ter paz quando homologarem e demarcarem nossa terra. Senão sempre vai ter ataque e essas coisas todas que estamos passando vão continuar acontecendo”, considerou Celso Kaiowá, um dos sobreviventes dos sucessivos ataques em sua terra.

 

Serviço

O quê: Ato pelo fim do massare contra os indígenas da TI Panambi –Lagoa Rica

Local: em frente ao Ministério da Justiça

Quando: 08/08 (quinta-feira), às 14h (horário de Brasília)

 

 

 

 

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