Quatro meses de seca na Amazônia: equipes do Cimi Regional Norte I apresentam os impactos aos povos indígenas
Alimentação, transporte e saúde foram as principais necessidades dos povos indígenas diretamente afetadas pelo fenômeno de extrema estiagem na Amazônia, diagnosticadas pelas equipes do Cimi Regional Norte I
Há mais de quatro meses a seca na região norte do país é assunto da imprensa ao redor do mundo. Jornalistas de todas as regiões do país desceram até as capitais da Amazônia e partiram – por onde foi possível se locomover, em pequenas embarcações ou por via terrestre – para municípios do interior dos estados amazônicos, em busca de imagens e depoimentos que explique o que acontece com a floresta amazônica e seus povos.
Catastrófica, extrema, histórica, desastrosa, emergencial, impactante, severa. Esses foram alguns dos adjetivos adotados nas manchetes dos principais jornais para definir a situação da região. As causas apontadas são as ações antrópicas, as mudanças climáticas, o fenômeno El Niño, as queimadas descontroladas ou o conjunto de todas essas origens, como analisa a reportagem “A estiagem do Lago de Tefé e a catástrofe natural e humanitária“, de Adalberto da Silva Retto Jr no jornal Le Monde Diplomatique Brasil, em 10 de outubro[1].
Em sua investigação, o jornalista mostra que a mortandade de botos[2] – estudada por pesquisadores do Instituto Mamirauá e Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) – na região do médio Solimões, considerada o coração da Amazônia, “não deixam nenhuma dúvida de que a Amazônia está no auge de um período de transformações dramáticas devido às mudanças climáticas. O ressecamento do Lago de Tefé[3] e as cenas de botos agonizando em função da temperatura daquelas águas são provas cabais da catástrofe natural, mas também humanitária, pela qual estamos passando”, atesta.
“Como a seca extrema e o descaso das autoridades engoliram uma vila no Amazonas”
Há constatações de que parte considerável dessa realidade é consequência da negligência dos poderes públicos, do negacionismo implantado na sociedade, bem como do desenfreado e inconsequente interesse do poder econômico que, sem escrúpulos, avança mata adentro saqueando a floresta e sua diversidade para o plantio de monoculturas (especialmente da soja), expansão da pecuária[4], exploração minerária[5] e projetos desenvolvimentistas[6], como hidrelétricas[7] e estradas[8], que dão suporte às suas explorações.
São cenários de desenvolvimentismos que desconsideram as populações da Amazônia e suas dinâmicas de vida, conta a reportagem de Rosiene Carvalho (texto) e Michael Dantas (fotos) “Como a seca extrema e o descaso das autoridades engoliram uma vila no Amazonas”[9], em Sumaúma, do dia 07 de novembro. “Depois de um estrondo, precedido por silenciosa erosão, o povoado do Arumã [em Beruri, AM] virou uma gigantesca cratera. A crise climática, agravada pelo El Niño, piorou uma situação de insegurança conhecida do poder público e desconhecida dos moradores, causando a morte de duas pessoas e o desaparecimento de outras três”, denunciam os autores da reportagem.
Seja como for ou de onde vem, as consequências da seca histórica na Amazônia são, realmente, alarmantes e preocupantes. Para os povos indígenas da Amazônia, a falta de água potável[10], as dificuldades de transporte e a carestia de alimentos[11], tanto pela improdutividade de seus cultivos por conta das altas temperaturas quanto pelo abastecimento de produtos alimentícios que vem de fora[12], são os principais problemas enfrentados.
Para as equipes do Cimi Regional Norte I, que atuam nos estados do Amazonas e Roraima, e segundo os depoimentos das lideranças que conseguem se comunicar com a cidade, a situação ficou, e ainda está, muito preocupante.
Lábrea e os impactos da seca
A equipe do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em Lábrea, no sul do Amazonas, em parceria com a Prelazia de Lábrea, é formada pelo missionário Queops Silva de Melo, pela estagiária Aila Santos e pelo assessor técnico pedagógico Daniel Lima, e atua com os povos Apurinã, das Terras Indígenas (TIs) Curriã, Acimã, Igarapé Mucuim e Tumiã, todas homologadas e reconhecidas, e com os povos Paumari, Jamamadi, Jarawara e Juma, da TI reivindicada Baixo Seruini/Baixo Tumiã. Sua ação, fé e compromisso, são de incondicional defesa dos direitos indígenas.
Com esses princípios, a equipe procurou entender os efeitos e impactos da seca e fez um levantamento dos desafios que enfrentam os povos com os quais atuam. Em Lábrea, os impactos atingiram todas as comunidades tradicionais que têm como base de sustento e meio de vida no rio Purus, mas, principalmente as comunidades indígenas, que estão mais afastadas da sede do município.
“Se Ele não nos socorrer, nós vamos morrer dentro dessa situação”
Segundo o levantamento realizado, aproximadamente, 90% das aldeias localizadas dentro do município foram impactadas e os maiores problemas relatados estão ligados à saúde, alimentação e dificuldades de locomoção pela pouca quantidade de águas nos rios e igarapés.
Na aldeia Morada Nova, Terra Indígena Acimã, o Cacique Manuel Brasil Cabral Apurinã está desolado e muito preocupado com as consequências que a seca trouxe para a produção, o peixe e a saúde das pessoas.
“Essa situação da seca aqui na nossa região está muito dura. O pescador vai mais longe. A praia do peixe aqui está muito longe porque o igarapé tá seco. E vai secar mais se a chuva não vem. A planta, o roçado tá morrendo. Tem muita quentura e essa quentura toda tá acabando as plantas aqui. A terra muito quente não dá mais planta, não nasce. E a saúde tá piorando, a gente não consegue mais nem dormir dentro da casa”, relata o cacique, rogando ajuda à Deus. “Como é que Deus vai fazer com nós? Se Ele não nos socorrer, nós vamos morrer dentro dessa situação”.
A preocupação do Cacique Manuel com o peixe, principal alimento dos povos da Amazônia, é pertinente porque lagos e igarapés estão quase secos completamente. No igarapé Acimã, que banha a aldeia Morada Nova, a quantidade de água não é suficiente para a vida e reprodução dos peixes, em consequência, eles migraram para outros locais distantes da aldeia, dificultando a pesca. O que se aplica também às caças que, não encontrando alimentação dentro do território, vão buscar em locais mais longínquos, como relata Edson Rodrigues Cabral Apurinã, da Aldeia Morada Nova da TI Acimã.
“A gente não consegue ir atrás de alimento, não consegue encontrar devido à seca, eles [peixes e caça] vão mais pro fundo [da mata ou igarapé], ou mais pra baixo, ou mais pra cima, e aí fica mais distante da comunidade, tem que ir mais longe, e aí fica mais difícil”, explica.
O ciclo dos plantios de roçados mudou e não se sabe mais ao certo quando é o tempo propício para se plantar os alimentos
Outro problema está intimamente ligado ao ciclo de plantio das roças de mandioca para a produção de farinha. Segundo relato de pessoas da comunidade, as manivas chegam a “cozinhar” na terra devido ao calor excessivo, fazendo com que as mudas não nasçam, e as que nascem não produzem o tubérculo.
“O mês da planta é setembro. A gente planta no começo de setembro, que é para quando for outubro, bate a chuva e já começa a nascer bonito. Mas, agora, não está acontecendo isso. Está nascendo, mas não como era antes. É uma roça meio atrasada comparado com os anos que já foi passando. A gente plantava e pouco tempo [a planta] ficava bonita. Agora, algumas morre e outras falham. Porque a gente planta, aí, quando o sol tá bem quente, bate a chuva [pouca e rápida] e escalda tudo e não nasce, morre mesmo”, explica o Apurinã.
O depoimento de Edson mostra que o tempo seco trouxe relevantes mudanças na agricultura, cultura e modos de vida dos povos indígenas de Lábrea. Segundo os relatos de Edson e outras lideranças Apurinã, o ciclo dos plantios de roçados mudou e não se sabe mais ao certo quando é o tempo propício para se plantar os alimentos. Nem mesmo o Awere – planta utilizada para fazer o rapé que é usado culturalmente -, comercializado por vários povos dessa região, conseguiu sobreviver e está em falta.
A seca e o calor intenso também trouxeram poeira e fumaça das queimadas (roçados e focos de incêndio nas matas), com elas vieram problemas de saúde, especialmente respiratórios. Essa situação se tornou mais complexa pelo fato de as equipes de saúde indígena não conseguirem chegar às aldeias por causa da dificuldade de locomoção nos igarapés, como explica Edson.
“Quando é de noite, a gente se sente sufocado. Quando vai dormir respira aquele ar meio estranho. Não é um ar como era antes. É ruim. Aí, vem a tosse, assim do nada. Gripe, por exemplo, em casa a gente só pegava quando ia pra cidade e trazia, mas agora a gripe aparece do nada”, descreve e relata que a situação fica pior com os igarapés secos que impedem as equipes da Sesai chegar nas comunidades. “Dificulta tanto o acesso para nós, como para a equipe [de saúde] que sempre vem, que fica sem acesso pra vir até aqui. E nem nós conseguimos ir até eles. As canoas não passam”, conclui.
A seca na calha do rio Purus também está assolando as aldeias da TI Jarawara / Jamamadi / Kanamati. O rio Cainã, uma das principais vias de acesso às aldeias, está demasiadamente seco, e isso está impossibilitando o transporte de alunos, a entrada da equipe de saúde e, principalmente, a pesca. São aproximadamente 10 aldeias que estão sofrendo com esta realidade.
Já na TI Caititu, que está localizada ao lado da sede do município, o problema mais relatado são as queimadas. Domingas Lopes Quintino Apurinã, da Aldeia Terra Sagrada, relata a saga que sua aldeia enfrentou para controlar o fogo que tomou conta do território.
“O fogo não apagava, a gente conseguia controlar um pouco, mas depois o vento subia [o fogo] de novo. Quando chegou ao pé das plantações, tentamos amenizar. Pegava um pedaço de pau com folhas e tacava no fogo. A gente corria pra um canto, corria pro outro, ajudava os vizinhos e a família, ligava o poço, carregava o balde de água na cabeça. Chamamos o corpo de bombeiro. Eles vieram, entraram na nossa aldeia umas cinco vezes. Apagavam, mas quando dava fé, o vento vinha e o fogo levantava de novo, a gente acionava de novo o corpo de bombeiro”, conta com aflição.
A TI Caititu está cercada por fazendas de gado que usam do fogo na limpeza de seus pastos. Os indígenas desconfiam que esse fogo se descontrolou e invadiu seu território, causado desgastes e danos às plantações, matando e expulsando animais. Domingas relata que a prática dos fazendeiros não chegava na aldeia, mas com a estiagem intensa, ela acredita que esse fogo saiu do controle.
“A gente acha que esse fogo veio da área das fazendas, porque a gente não tocou fogo na aldeia. Quando a gente viu, o fogo já estava vindo da parte da frente [da aldeia]. Dois dias antes [do fogo chegar na aldeia], a gente passava pelo caminho e avistava fumaça. Mas, pensava que era normal ver a fumaça. Só que, de repente, o fogo que era da fazenda da frente logo atingiu nossa aldeia, que fica só a dois quilômetros”, informou, elencando os prejuízos que tiveram.
Domingas foi internada com derrame pleural, devido a inalação de alta quantidade de fumaça
“A gente se prejudicou muito. Pegou fogo em uma casa de farinha. Queimou a maioria das nossas plantações, pegou fogo no roçado de vários parentes. Perdemos o plantio de cupuaçu, pupunha, andiroba, castanheira, abacaxi, bananeira. Não foi só a minha família. Eu creio que quase 70% da nossa aldeia foi prejudicada”, conta com tristeza pela perda dos produtos, mas com maior aflição pelos problemas de saúde decorrentes do enfrentamento ao fogo descontrolado.
“Foi com a fumaça que respirei que eu adoeci, que me deu edema pulmonar. Devido [o fogo] chegar perto das nossas plantações e das nossas casas eu inalei bastante fumaça. Porque não foi um dia, não foram dois dias, não foi uma semana, mas quase um mês. Comecei a ter febre e frio, dor no corpo e fui no hospital. Com o raio X, o médico descobriu o edema e me perguntou o que eu tinha inalado. Falei que tinha inalado muita fumaça e ele confirmou que foi isso que me deu a ‘água no pulmão’”.
Assim como Domingas, outras pessoas tiveram um quadro de saúde agravado, aumentando o índice de doenças pulmonares. Domingas foi internada com derrame pleural, devido a inalação de alta quantidade de fumaça que causa tosse intensa, inflamação nas vias aéreas e acúmulo de líquido entre os tecidos dos pulmões e tórax.
A dura realidade vivida pelos povos indígenas de Lábrea, nestes tempos tão adversos, estende-se por toda a região amazônica e a insegurança de quando isso terá fim, aumenta a cada dia sem chuva.
No fechamento da matéria, no dia 23 de novembro, as chuvas voltaram a cair com intensidade na região de Manaus e arredores, chegando a mais de 38 ml de precipitação[13].
Impactos aos povos de atuação do regional
Calha do Javari e alto Solimões
– Municípios: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá e Tabatinga.
– Povos: Kanamari, Matis, Marubo, Mayoruna e Ticuna.
– Impactos:
- Situação de emergência: necessidade de dragagem do rio Solimões entre Benjamin Constant e Tabatinga[14];
- Segundo o presidente da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bushe Matis, as dificuldades dos povos da TI Javari foram de deslocamento e água potável. “Tivemos dificuldade de deslocamento, ficou difícil chegar nas aldeias ou de os parentes da região saírem das aldeias para vir à cidade resolver seus problemas ou receber seus benefícios. Outro problema foi a água potável. Não tem como fazer cacimbas, então usaram mais água do rio, que não é lamacenta, porque o igarapé secou”.
Calha do Médio Solimões
– Municípios: Tefé, Alvarães,Uarini, Fonte Boa e Jutaí.
– Povos: Kokama, Kambeba, Miranha, Mayuruna, Apurinã, Tikuna e Kanamari:
– Impactos:
- Mortalidade de peixes, botos e outros animais aquático;
- Perdas na produção agrícola familiar;
- Isolamento das comunidades;
- Águas de lagos e igarapés poluídas.
Calha do Juruá
– Municípios: Itamarati, Carauari, Eirunepé e Ipixuna.
– Povos: Deni, Madija Kulina e Kanamari
– Impactos:
- Impossibilidade de navegação;
- Isolamento das comunidades;
- Produção baixa.
Calha do Baixo Madeira
– Municípios: Autazes, Careiro da Várzea e Nova Olinda do Norte
– Povos: Mura e Maraguá.
– Impactos:
- Isolamento das comunidades;
- Dificuldades na navegação;
- Queimadas descontroladas e focos de incêndio;
- Péssima qualidade do ar;
- Para água potável, algumas comunidades construíram cacimbas;
- Dificuldades de funcionamento das escolas. Uma comunidade construiu ponte.
Calha do Madeira
– Municípios: Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã e Auxiliadora
– Povos: Teharim, Apurinã e Pirahã.
– Impactos:
- Isolamento das comunidades;
- Dificuldade de caça, pesca e produção;
Calha do Purus
– Município: Lábrea
– Povos: Apurinã, Paumari, Jarawara, Jamamadi e Juma
– Impactos:
- Dificuldades na navegação;
- Queimadas descontroladas e focos de incêndio;
- Escassez de alimentos: caça, pesca e produção;
- Péssima qualidade do ar, o que levou à sérias doenças pulmonares.
Roraima
– Regiões: Serras, Raposa, Missão Surumu, São Marcos/Murupu, Serra da Lua, Amajari, Taiano, Baixo Cotingo, Médio e Baixo São Marcos e Missão Catrimani (Yanomami).
– Povos: Yanomami, Y’ekuana, Macuxi, Wapichana, Taurepang, Patamona, Ingariko e Sapará;
– Impactos:
- No município de Uiramutã, aldeia Monte Moriá 2, tiveram uma chuva de granizo. A chuva durou meia hora;
- Serra da Lua enfrentou seca e temporais desproporcionais. As altas temperaturas provocaram incêndios. Em Muriru, os telhados de palha se incendiaram e muitas casas foram perdidas. Também, as tempestades destruíram casas e plantações;
- Em Taiano a escola estadual foi parcialmente destruída durante um temporal;
- TI São Marcos (Serra do Truaru), temporal com rajada de ventos fortes destelhou casas, derrubou árvores e a escola teve o muro derrubado, telhado e outras partes destruídas;
- Há falta de água em todas as regiões;
- O pasto está secando, os animais têm dificuldade de se encontrar alimento;
- O lavrado (campos gerais de Roraima) está seco e os pés de caimbé (vegetação do lavrado) estão morrendo;
- Nas áreas de cultivo das comunidades, as plantações de macaxeira, matéria-prima para a produção de farinha, beijú, goma e outros alimentos, estão secando, e as poucas que sobram não têm qualidade. Sementes em geral estão secando;
- Água poluída gerou muitos casos de diarreia e vômito;
- O poço de Urubuzinho secou e precisam caminhar por muitos quilômetros para buscar água em um lago nas proximidades do território.
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[1] https://diplomatique.org.br/a-estiagem-do-lago-de-tefe-e-a-catastrofe-natural-e-humanitaria/
[2] https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/09/mais-de-cem-botos-morrem-em-lago-superaquecido-no-amazonas.shtml
[3] https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/10/06/video-seca-transforma-lago-em-estrada-e-moradores-fazem-parte-de-travessia-em-motos-no-am.ghtml
[4] https://www.dw.com/pt-br/o-papel-de-gado-e-soja-no-ciclo-de-desmatamento/a-52151786
[5] https://www.dw.com/pt-br/minera%C3%A7%C3%A3o-na-amaz%C3%B4nia-agravaria-ainda-mais-o-desmatamento/a-62647073
[6] https://infoamazonia.org/2023/04/20/projeto-da-ditadura-calha-norte-segue-sob-criticas-por-militarizacao-impactos-ambientais-e-ausencia-de-participacao-comunitaria-indigena/
[7]https://infoamazonia.org/maps/hidreletricas
[8] https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/noticias-da-floresta/2022/09/27/governo-inicia-pavimentacao-da-br-319-e-devastacao-ja-e-vista-na-regiao.htm
[9] https://sumauma.com/como-a-seca-extrema-e-o-descaso-das-autoridades-engoliram-uma-vila-no-amazonas/
[10] https://revistacenarium.com.br/indigenas-munduruku-arrecadam-recursos-para-comprar-agua-potavel-no-am/
[11] https://revistacenarium.com.br/seca-dos-rios-faz-preco-dos-alimentos-dobrar-no-interior-do-amazonas/
[12] https://revistacenarium.com.br/liderancas-indigenas-de-rr-relatam-falta-de-agua-e-temem-efeitos-da-estiagem-em-comunidades/
[13] https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/11/23/chove-acima-de-30-milimetros-no-amazonas-inmet-preve-mais-chuva.ghtml
[14] https://bocasenoticias.blogspot.com/2023/10/dragagem-do-rio-solimoes-entre-benjamin.html#google_vignette