13/02/2023

Campanha Contra os Agrotóxicos realiza reunião da coordenação nacional e define agendas coletivas

Na reunião, os representantes das organizações relataram as ações desenvolvidas nos territórios no último período, e, após intenso debate, definiram uma agenda coletiva

Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

Por Roberta Quintino, Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Nos dias 8 e 9 de fevereiro, em Brasília, aconteceu a reunião de planejamento da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida para 2023. Representantes de mais de 25 organizações, que compõem a coordenação nacional, participaram das análises de conjuntura e dos debates para o fortalecimento e avanços na luta contra os agrotóxicos e em defesa da agroecologia.

Para o coordenador do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Diego Moreira, diante do cenário de fome e insegurança alimentar no Brasil, é fundamental que as organizações mantenham uma forte mobilização popular, reivindicando políticas públicas que garantam que os alimentos cheguem até os centros urbanos para alimentar a população.

Mesa de debates na reunião da coordenação nacional. Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Mesa de debates na reunião da coordenação nacional. Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Além disso, Moreira pontuou a necessidade de políticas que impeçam a “ação predatória do capitalismo”, em especial do agronegócio, de apropriação dos recursos da natureza, que promove “a contaminação por agrotóxicos nos territórios, provocam alto nível de câncer, mutações e potencializam doenças como a Covid-19”.

O deputado federal, Nilto Tatto (PT-SP), fez uma breve análise do cenário político e composições no parlamento, destacou ainda a importância da vitória de Lula para o campo popular. Ao que se refere à luta contra os agrotóxicos, Tatto ressaltou que as organizações precisam acompanhar de perto a atuação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Congresso Nacional de modo a provocar o debate e implementação de ações de transição e promoção da agroecologia, a exemplo da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara).

Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

Foto: André Gouveia/Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

De acordo com a diretora do Departamento de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vivan Libório de Almeida, o documento de subsídio para equipes de transição elaborado pela Campanha Contra os Agrotóxicos, que propõe a retomada da Política Nacional de Agroecologia e a implementação de ações e políticas efetivas de fomento e proteção de redes de guardiãs e guardiões de sementes tradicionais, é um importante instrumento para a construção de diretrizes à atuação do Órgão.

Na reunião, os representantes das organizações relataram as ações desenvolvidas nos territórios no último período, e, após intenso debate, definiram uma agenda coletiva para o fortalecimento e promoção das atividades já implementadas, além de propor agendas integradas de enfrentamento aos agrotóxicos, ampliando as mobilizações acerca de legislações, políticas públicas, formação e iniciativas populares em defesa da alimentação saudável.

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