Ano após ano, os Munduruku do Planalto sentem a pressão sobre seu território aumentar. Em meio ao crescente conflito com grileiros e sojicultores em Santarém, no Pará, os indígenas lutam pela demarcação de sua terra tradicional.

O crescimento das áreas sob monocultivo preocupa os indígenas, à medida que se aproxima de suas casas, suprime as matas, seca e contamina os igarapés. Junto a comunidades quilombolas, também lutam contra a construção de um complexo portuário na região e buscam que seja garantido seu direito à consulta prévia, livre e informada.

À distância de uma cerca, o conflito expõe diferentes concepções e modos de vida. De um lado, os roçados tradicionais, a coleta de frutos e a pesca artesanal que garantem o sustento das famílias e a sobrevivência das matas, das águas e dos animais. De outro, um modelo predatório, baseado no desmatamento de extensas áreas de terra e no uso intensivo de agrotóxicos.

Apesar do preconceito e das ameaças constantes, os Munduruku do Planalto vêm buscando fortalecer sua luta e sua identidade para preservar seu território.

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