30/10/2019

Vídeo: No Sínodo, ato fez memória às 272 vítimas de Brumadinho

Em oração na Igreja Transpontina, em Roma, vítimas do rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro, foram lembradas após 9 meses do crime.

Por Ascom Cimi

Na tarde de 26 de outubro, um dia antes de terminar o Sínodo da Amazônia, Marcela Rodrigues espalhou 272 fotos pelo piso da igreja Transpontina, no Vaticano. São as vítimas do crime de Brumadinho. A mineira perdeu o seu pai na tragédia ocorrida há 9 meses após o rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro. Junto com o pai Denílson, a jovem recorda outras 271 vidas soterradas.

“É tempo de gestação. Foram meses difíceis. De dor e choro. Contudo, depois de 9 meses nasce uma luta para que essas vidas sejam lembradas e esse crime não fique impune”, assegurou Marcela.

Junto as fotos um cartaz clama por justiça. O grupo que veio do Brasil percorrerá 7 países da Europa em reuniões e denúncias. Eles defendem a criação de uma lei que obrigue empresas a constatar a origem dos produtos que importam e se esses não estão diretamente ligado a violações de direitos humanos e de destruição da natureza. Pedidos similares foram feitos por indígenas em eventos ocorridos em Roma durante o Sínodo.

Toda a tarde a Igreja da Transpontina, há 300 metros da Praça São Pedro, no Vaticano, era espaço para percorrer os caminhos da América em memória aos mártires do continente. Padres sinodais, indígenas, religiosas, bispos, leigos e leigas recordavam o povo de Deus que em teimosia e esperança continua os passos de Oscar Romero, Dorothy Stang, Chico Mendes, Gaudino Pataxó, Marçal de Souza, Ir. Cleusa e demais missionários mortos por fidelidade ao Evangelho.

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