Vaticano: Cimi apresenta relatório sobre violência contra povos indígenas em 2018 no Sínodo da Amazônia
Dados chamam atenção para o agravamento da ofensiva sobre as terras indígenas no Brasil, através de invasões, roubo de madeira e minérios, grilagem e até mesmo loteamentos
Por Assessoria de Comunicação Cimi
Em um contexto em que o meio ambiente e os povos originários estão no centro do debate mundial através do Sínodo da Amazônia que acontece no Vaticano, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) apresentará hoje (11/10), às 19h30, o seu relatório anual Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2018. O evento simultâneo ao Sínodo da Amazônia será realizado no Instituto da Consolata, Viale Mura Aurelie, 11-13, na Cidade do Vaticano.
Estarão presentes no lançamento do relatório: Dom Roque Paloschi, presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho; Elza Nâmnâdi Xerente, liderança do povo Xerente no Tocantins; Jair Maraguá, liderança do povo Maraguá no Amazonas; Adriano Karipuna, liderança do povo Karipuna em Rondoônia; e Marline Dassoler, do Secretariado Nacional do Cimi.
A publicação é uma das principais referências para organizações e instituições interessadas na pauta indígena – tanto nacionais como estrangeiras, privadas e públicas – por sistematizar uma diversidade de tipos de violência. São abordadas desde as violações contra o patrimônio dos povos (suas terras, modo de vida, etc) e contra os indivíduos e as comunidades (assassinatos, ameaças, racismo, dentre outras), como violações que ocorrem por omissão do poder público (mortes por desassistência, mortalidade na infância, suicídios, etc).
O relatório apresenta uma extensa lista da situação das 1.290 terras indígenas no Brasil: desde as que já foram registradas às homologadas, declaradas, identificadas, a identificar e as que estão sem qualquer tipo de providência por parte do Estado brasileiro.
“Demarcadas ou não – em sua quase totalidade, as terras indígenas encontram-se invadidas, depredadas e em processo de profunda devastação. Há, também, a inaceitável condição de centenas de comunidades indígenas que vivem sem terra, nas margens de rodovias ou acampadas em diminutas parcelas de terras estaduais ou municipais, em áreas degradadas e contaminadas pela poluição ou por agrotóxicos. Setores econômicos pressionaram as autoridades para que as terras indígenas fossem disponibilizadas aos vorazes anseios de lucratividade de um mercado predador”, analisam Roberto Liebgott e Lúcia Rangel, organizadores da publicação, na Introdução do Relatório.
Serviço
O quê: Lançamento do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2018
Quando: 11 de outubro, às 19h30 em Roma – 14h30 no Brasil
Onde: Instituto da Consolata, Viale Mura Aurelie, 11-13, na Cidade do Vaticano.
Mais informações:
Guilherme Cavalli – em Roma
+353 83 175 83 85
Adi Spezia – em Brasília
+55 61 99641-6256